Artigos

O Mercado Livre de Energia e as emissões de CO2

Possibilidade de receber energia limpa, renovável e rastreável

Por Dimas Costa
Publicado em 20 de março de 2024 | 07:00
 
 
 
normal

Desde o início de 2024, compensar as emissões de CO2 tornou-se mais viável para todos os clientes do setor elétrico atendidos em média tensão. Empresas de médio e pequeno porte agora têm a possibilidade de migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). 

Neste ambiente, elas podem escolher seu próprio fornecedor de energia e, além de garantir descontos significativos nas tarifas, podem contribuir para a sustentabilidade ambiental, tendo a possibilidade obter o serviço por meio de fontes de energia mais limpas. Dessa forma, conseguem minimizar suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Atualmente, a redução das emissões é essencial tanto para a humanidade quanto para a reputação empresarial. Neste momento, é fundamental que as empresas possam comprovar aos seus clientes e acionistas que estão alinhadas às práticas Environmental, Social and Governance (ESG), que definem padrões ambientais, sociais e de governança.

O ACL oferece ao cliente a liberdade de escolher o fornecedor de energia, permitindo a aquisição do produto a preços mais baixos do que no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), também conhecido como mercado cativo. E permite também a rastreabilidade da energia adquirida, por meio de Certificados de Energia Renovável. Dessa forma, os clientes do Mercado Livre de Energia têm a possibilidade de receber energia limpa, renovável e rastreável das comercializadoras de energia.

Ao implementar medidas sustentáveis e participar ativamente da redução de emissões de carbono, as empresas se tornam mais atrativas para investidores preocupados com o meio ambiente, o que reforça sua posição competitiva no mercado.

A Cemig, nos últimos quatro anos, emitiu mais de 15,8 milhões de certificados de energia renovável. Os dois tipos de certificados de energia renovável, o Cemig REC, em total consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados à produção de energia e à preservação do meio ambientes, e o I-REC, compatível com vários padrões internacionais de contabilidade de carbono. 

No Brasil, quase 90% de toda a geração de eletricidade, no ano passado, foi atendida por fontes renováveis, com recorde na geração eólica e solar. Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mostram que o setor elétrico brasileiro registrou em 2023 seu menor nível de emissões de Gases do Efeito Estufa desde 2011. Na média do ano, foram emitidas 0,038 toneladas de CO2 por terawatt-hora (TWh) gerado, ante 0,042 toneladas de CO2 por TWh no ano anterior, graças à expansão da energia renovável. Em 2011, foram emitidas 0,028 toneladas, e, após essa marca, o indicador superou o lançamento de uma tonelada por TWh em 2014, 2015 e 2021.

A matriz verde já é, portanto, uma realidade no Brasil, e a expansão do Mercado Livre de Energia deve contribuir ainda mais para o protagonismo do país na Agenda ESG e nas importantes decisões sobre a transição energética no mundo.

(*) Dimas Costa é vice-presidente de Comercialização da Cemig
 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!