Artigos

Quociente eleitoral e a eleição de deputados

Informações importantes sobre as coligações partidárias

Por Roberto Barbieri
Publicado em 21 de setembro de 2022 | 03:00
 
 
 
normal

Apesar de uma minoria dominar, é necessário que a maioria entenda o que vai ocorrer nas próximas eleições no já próximo dia 2 de outubro de 2022.

Tudo caminha na maioria dos Estados para uma polarização, apoiando dois candidatos chefes: Bolsonaro com os partidos coligados, PL, PP e Republicados, e Lula com a coligação PT, PC do B, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros. É uma eleição complexa na qual teremos parâmetros e comportamentos distintos, senão vejamos:

Presidente, governador (estes dois primeiros podem ter segundo turno), senador (que também é escolhido o que tiver mais votos porém sem segundo turno) e a situação mais complexa que é a dos deputados federais e estaduais. Estes últimos obedecerão a questão da proporcionalidade dentro de cada coligação com a escolha pelo “quociente eleitoral”, que é a divisão de todos os votos válidos pelo número de vagas.

Veja como funciona o quociente eleitoral

Assim num exemplo hipotético, se tiver 1.000.000 votos válidos para 10 vagas existentes, o quociente será 100.000 votos. Se uma coligação receber 600.000 votos (no caso sempre para deputados) e outra 400.000 votos, a primeira elegerá 6 deputados dentro o seu universo de candidatos que obtiver maior número de votos e a segunda elegerá 4 deputados na mesma proporção.

Observe-se que dentro das coligações, por exemplo a que recebeu 600.000 votos e tenha 200 candidatos; e dentre estes 200, um deles recebeu sozinho 300.000 votos, os outros cinco candidatos eleitos pela legenda, poderão se eleger com uma média, a mais ou a menos, de 60.000 votos, ou seja, o que restou, 300.000 divididos pelos cinco outros mais votados.

Assim a eleição de deputados é uma loteria ou “briga de foice”, e a escolha acaba não sendo para um candidato específico, mas para uma coligação. Então, por exemplo, se um eleitor tiver uma aversão pelo apoio a um dos centralizadores das coligações majoritárias e não quiser que este centralizador tenha apoio de um grupo majoritário de deputados, ele não votará em nenhum candidato que pertença àquela coligação. Assim se quiser que o seu candidato centralizador de coligação tenha o apoio dos deputados eleitos, escolherá um candidato daquela mesma coligação.

Importante observar as coligações partidárias

Lembrando ainda que no caso do senador, se uma coligação dividir seus votos entre dois candidatos considerados bons, poderá perder a eleição para outra coligação que tiver um candidato ruim, mas “bom de voto”.

Por isto é muito importante a escolha dos candidatos considerando as coligações partidárias nas quais estão inscritos. Ou não, já que o voto é livre.

(*)Roberto Barbieri é administrador de empresas

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!