Opinião

Vendas por relacionamento crescem e se transformam

Muito além da independência financeira

Por Ana Carolina Albuquerque
Publicado em 10 de junho de 2022 | 03:00
 
 
 
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Ao longo de décadas, a venda por relacionamento, conhecida tradicionalmente como “venda direta”, vem se mostrando um modelo de negócio resiliente e flexível, que não para de se transformar.

Com cerca de 12 milhões de brasileiros desempregados – em sua maioria, mulheres! –, de acordo com dados do primeiro trimestre de 2022 do IBGE, a venda por relacionamento é um caminho para a oportunidade e independência financeira, especialmente por ser um modelo de negócio democrático, inclusivo, acessível e que conta com a ajuda de empresas interessadas em desenvolver e auxiliar sua força de vendas.

Mesmo diante de um contexto socioeconômico desafiador, a atividade se manteve firme e, mais do que isso, se fortaleceu. Hoje, o Brasil é o sexto maior mercado de venda por relacionamento do mundo e comemora a marca de R$ 50 bilhões gerados em volumes de negócio no país em 2020 – número 10,5% maior que em 2019, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). 

Em 2022, uma pesquisa global, realizada em parceria com a Ipsos, aponta os benefícios do modelo de negócio para as conhecidas como “representantes da beleza Avon”. O levantamento demonstra também que pelo menos 45% das entrevistadas afirmaram que já não dependem financeiramente de outras pessoas graças ao trabalho realizado com a marca.

Segundo o estudo, 60% das entrevistadas disseram que, com a atividade, mudou para melhor a percepção sobre objetivos, sonhos e ambições que uma mulher pode alcançar com o acesso a oportunidades de renda, estudo e desenvolvimento de habilidades. Além disso, 68% acreditam mais no próprio potencial para atingir grandes objetivos.

No contexto da pandemia, a Avon não só cuidou de toda a sua rede, como realizou uma transformação digital recorde. Lançou um novo modelo comercial, que oferece mais benefícios para as representantes, resultantes de parcerias com entidades dos setores de educação, saúde e serviços financeiros, incluindo descontos em faculdades, escolas de idiomas, medicamentos, exames e consultas médicas e odontológicas. E a resposta positiva não demorou: em 2021, o índice de satisfação dessa rede com a marca bateu recorde absoluto.

Nesse cenário, vemos a ascensão do que chamamos de “social selling” – a prática da venda por relacionamento com o auxílio de redes sociais e aplicativos, que não apenas permite a manutenção da interação humana na hora da compra e venda, mas também simplifica o trabalho do vendedor por não haver necessidade de locomoção.

De casa, com segurança, é possível expandir as possibilidades de venda para consumidores localizados em outras cidades e Estados. Não à toa, segundo a ABEVD, 54% das vendas diretas hoje já ocorrem no virtual, principalmente em mídias sociais (14,9%) e pelo WhatsApp (18%).

A atividade segue na preferência do público feminino, que compõe 57,8% dos empreendedores independentes do segmento. E mais: há quem atribua à renda obtida uma forma de sair de relacionamentos abusivos, conseguir oportunidades de emprego e negócios para a família. Chamamos de “compra consciente”: quando alguém adquire produtos de uma representante, ajuda-a na prática a se tornar independente e empoderada.

A venda por relacionamento vem mostrando há gerações potencial gigantesco de transformação social, na promoção do desenvolvimento socioeconômico, não só profissionalmente, mas para que realizem seus sonhos pessoais. Do tradicional “porta a porta” ao “clique- clique” dos aplicativos e plataformas online, esse modelo de negócio prova que nunca deixou de evoluir, mostrando-se cada vez mais inovador, eficiente, ágil e inclusivo.

Ana Carolina Albuquerque é diretora de marketing de relacionamento da Avon Brasil

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