Quem paga absurdos de juros com dívidas pode se beneficiar bastante de substituir essa dívida por uma mais barata. Mas, é preciso lembrar que empréstimos e outras linhas de crédito também possuem taxas – muitas vezes não tão evidentes na contratação – e é muito importante prestar atenção em todas as condições. 

Você sabe como trocar uma dívida cara por uma que seja mais viável de pagar? É sobre isso que vamos falar hoje. 

Vale a pena trocar uma dúvida cara? 

Pode parecer evidente que vale, sim, a pena, mas não é bem assim. Quando falamos em endividamento e finanças pessoais, todo cuidado é pouco. 

Antes de tomar essa decisão, é preciso verificar todos os pontos do contrato e analisar a sua situação financeira como um todo. Será que compensa mesmo abrir mão de uma dívida em aberto, que já está sendo paga, para criar uma nova? Ou seria possível, por exemplo, renegociar a dívida atual? 

Se você avaliou todos os pontos, fez as contas na ponta do lápis e chegou à conclusão de que trocar tornará mais fácil e rápido quitar as dívidas, então, siga em frente. 

Como fazer esse cálculo? 

Para calcular se vale a pena trocar uma dívida cara, você precisa comparar os Custos Efetivos Totais (CET) dessas dívidas. O CET é a somatória de todas as taxas, encargos e custos relacionados ao empréstimo. 

Mais do que comparar a taxa de juros entre as duas linhas de crédito, você precisa levar em consideração essas outras taxas, já que farão diferença no valor total a ser quitado. 

O CET costuma incluir: 

  • Taxa de juros 
  • Taxas administrativas do banco ou instituição financeira 
  • Imposto sobre Operações Financeira (IOF) 
  • Seguros 
  • Taxa para análise de crédito, quando você solicita o novo empréstimo, dentre outras. 

Nem todas as instituições financeiras e modalidades de empréstimo contam com esses custos, mas é preciso entender isso ao fazer a contratação. 

Para calcular, portanto, se vale a pena trocar a dívida, basta conferir o CET de cada operação e verificar qual o mais barato. 

Atenção às taxas de juros 

Além do CET, também é importante compreender que a taxa de juros cobrada em um empréstimo é sempre baseada nos juros compostos (os famosos “juros sobre juros”). 

Isso significa que os juros são sempre calculados e cobrados sobre o valor da parcela do mês anterior. Ou seja, você não pode calcular a porcentagem de juros apenas sobre o valor inicial que pegou de empréstimo, já que, a cada mês, essa porcentagem aumenta. 

Por que fazer a troca de dívida 

Pode parecer trabalhoso optar por outra fonte de crédito para quitar suas dívidas atuais, mas existem muitos benefícios ao se fazer isso. 

O principal deles, como falamos, é contar com uma dívida que seja mais fácil de pagar e, com isso, você conseguirá ver uma luz no fim do túnel das suas dívidas. Veja alguns deles: 

Você passa a ter apenas uma dívida 

Contar com diversas dívidas – do cartão de crédito, empréstimo bancário, cheque especial, contas não pagas e outras – pode ser muito confuso para qualquer pessoa. E o primeiro passo para sair das dívidas é ter organização financeira, ou seja, conseguir visualizar exatamente qual a sua situação, quanto precisa para quitar e voltar a ter uma vida financeira saudável. 

Por isso, vale a pena fazer um cálculo geral de quanto você precisa para quitar todas elas. Se possível, você poderá solicitar esse valor no empréstimo que escolher, tendo agora apenas uma dívida para pagar. 

Isso torna mais fácil controlar o pagamento e reduz os riscos de se envolver mais ainda no endividamento. 

Pode limpar o seu nome 

Se você quitar as dívidas anteriores, também poderá limpar o seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Ter o CPF negativado pode trazer diversos malefícios à sua vida, como ser negado a emitir um novo cartão de crédito, fazer compras parceladas, comprar ou alugar um imóvel, dentre outras. 

Aumenta o seu score de crédito 

Da mesma maneira, ao quitar as dívidas e ter apenas uma, mais barata e que você consiga pagar por mês, você também recuperará, aos poucos, o seu score. 

Essa pontuação é uma métrica usada pelo mercado de crédito para definir se você é ou não um bom pagador. Quanto menor o score, menores as chances de conseguir boas condições de crédito, limite no cartão, liberação para financiamentos e outros. 

Entenda melhor sobre o score de crédito e como afeta a sua vida. 

Quais as dívidas mais baratas? 

Para responder a essa pergunta, é claro que seria necessário pesquisar entre todos os bancos e instituições financeiras, já que o Custo Efetivo Total varia bastante. Mas existem algumas modalidades de crédito que são, usualmente, mais baratas que outras. 

Não é o caso, por exemplo, do cartão de crédito – que tem juros rotativos, que são os mais caros do mercado – ou o cheque especial, ao qual muita gente recorre no momento do aperto, mas que também é caríssimo para pagar. A cada dia que passa da dívida no cartão ou no cheque especial, maior será o valor a ser quitado e você entra na chamada bola de neve das dívidas. 

Então, a ideia é justamente encontrar opções mais em conta, para te “tirar do buraco”. 

Considere o Empréstimo Consignado Privado 

Até 2018, apenas os servidores públicos e aposentados e pensionistas do INSS podiam fazer um empréstimo consignado, que é uma das modalidades mais baratas do mercado. Mas, agora, empresas privadas também podem oferecer esse benefício aos seus funcionários, por meio de um modelo aprovado pelo Banco Central chamado SEP. 

As Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP) são instituições regulamentadas e autorizadas a intermediar o empréstimo entre pessoas físicas e jurídicas, que pode ser feito no modelo consignado. 

O crédito consignado é aquele que desconta o valor das parcelas diretamente da sua folha de pagamento salarial. Isso faz com que a instituição ou a pessoa que emprestou o dinheiro tenha garantia de que você vai pagar a dívida. E é essa garantia que torna os juros do empréstimo mais baratos que outros. 

Para que isso aconteça, a empresa privada precisa se tornar parceira de uma SEP, como é o caso da EmCash, por exemplo, pioneira nesse modelo no Brasil. 

Trabalha em uma empresa que ainda não oferece o consignado como benefício? Você pode clicar neste link e indicar a sua empresa!