Como em 2017 o governo não corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física para este ano, aumentou a defasagem em relação à inflação para 88,4% desde 1996. A isenção de pagamento do IR vai “beneficiar” quem ganha até R$ 1.903,98.
O governo não faz a correção da tabela porque perde receita. De 1996 até hoje, a tabela foi corrigida em 109,63%, enquanto a inflação acumulada no período foi de 294,93%, informa um estudo feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal.
Houvesse a correção, o teto de isenção seria de R$ 3.556,56. Em dezembro, o ministro Meirelles acenou com a possibilidade de corrigir a tabela na proposta que seria enviada ao Congresso. Comemorada pelo governo, a inflação passada foi de 2,95%.
Ontem, a Receita Federal informou que o Orçamento de 2018 aprovado no Congresso não previu a correção da tabela do IR. A última vez em que ela foi corrigida foi em 2015. Com 2018, serão três anos sem o ajuste. A justificativa é o aperto fiscal.
Nos últimos 20 anos, não houve correção adequada da tabela do IR em nenhum dos governos. Todos se comportaram da mesma forma, sacrificando os que ganham acima do teto. Com a correção, a isenção aumenta, e os contribuintes pagam menos imposto.
Os governos reagem à perda de receita aumentando os impostos. Mesmo num processo de inflação baixa, a renda do trabalhador é achatada. O dinheiro dele, que poderia ser bem aplicado na poupança, no consumo ou na educação, vai para o governo.
Em cenário de crise econômica, com o Estado arrecadando menos por conta de longa recessão, o atual governo não faria mesmo o reajuste da tabela. Outras gestões, em situações muito melhores, não o fizeram e pouco ajudaram o país.
Com 50% dos trabalhadores recebendo menos que o salário mínimo, como aumentar a massa de contribuintes?
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