Pesquisa realizada com pouco mais de mil mulheres que usam transporte coletivo e por aplicativo para se locomoverem para o trabalho, a escola ou outro destino em várias regiões do país apurou que 97% delas sofreram assédio sexual nos veículos utilizados.
O número é surpreendentemente alto, demonstrando que essa prática é generalizada nos meios de transporte, nos quais as mulheres têm de suportar as más condições da viagem, muitas vezes durante um longo tempo, tornando-se alvo dos seus agressores.
Realizada por dois institutos, em parceria com uma empresa de transporte por aplicativo, a pesquisa beneficia-se do fato de ter sido formulada para avaliar a participação desse modelo em casos em que sua clientela teve mais ou menos segurança em utilizá-lo.
Apesar disso, os números são expressivos quanto ao que se refere ao transporte coletivo em geral. Das consultadas, 71% conhecem alguma mulher que sofreu assédio em público. E 46% não se sentem confiantes ao usarem um meio de transporte.
Só 26% se sentem seguras no transporte público. Neste, os que oferecem mais confiança são os aplicativos e os táxis. Nestes, acredita a maioria das mulheres ouvidas na pesquisa, há mais possibilidade de os abusadores serem identificados e punidos.
Elas definiram também as formas mais comuns em que mais são molestadas: olhares, cantadas, comentários, perseguições, mãos-bobas e esfregadelas, ocasiões em que os agressores se aproveitam do desconforto e da superlotação dos veículos de transporte.
Aplicar a lei para punir esses abusos é essencial, mas também há necessidade de políticas de prevenção contra esse tipo de violência. A educação dá o limite, já que as mulheres sabem diferenciar o que é galanteio e admiração do que é desrespeito e assédio.
A falta de respeito com o outro é um passo para agressões maiores e mais violentas.
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