Até a lei da oferta e da procura, cláusula pétrea da economia capitalista, deve se adaptar à pandemia do coronavírus. Além dos preços, os cuidados sanitários vão ter peso na decisão de compra nesta Black Friday.
E as empresas que não levarem a saúde dos clientes em consideração podem ser punidas tanto pelo afastamento do consumidor quanto pelo poder público. Em Belo Horizonte, por exemplo, estabelecimentos que não seguirem as regras de prevenção à Covid-19 devem ter o alvará de funcionamento cassado e, em caso de reincidência, vão ter que pagar multa de R$ 17.614,57.
Mas a crise sanitária não vai impedir que o mercado bata recorde. Na temporada de liquidações deste ano, o varejo do país deve faturar R$ 3,74 bilhões, 6% a mais que no ano passado, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar do crescimento das vendas online, a maior parte do faturamento – R$ 3,34 bilhões – ainda será por meio de lojas físicas, segundo a CNC. Isso significa que o movimento nos estabelecimentos deve ser grande, mas espera-se, pelo bem da saúde de todos, que não sejam vistas as cenas de aglomeração que simbolizam a Black Friday e, de certa forma, dão glamour ao evento.
Várias estratégias estão sendo adotadas por shoppings e lojas para evitar que se crie um ambiente propício para a proliferação do coronavírus. É a contribuição que as empresas podem dar para a sociedade neste momento.
Os consumidores também devem fazer sua parte ao evitar o tumulto e seguir as recomendações sanitárias. E a fiscalização por parte das prefeituras será fundamental para que a atividade comercial possa ser exercida sem colocar em risco a vida das pessoas. A saúde é inegociável.