EDITORIAL

Sol é para todos

O Estado vai praticamente triplicar o número de usinas fotovoltaicas


Publicado em 29 de agosto de 2019 | 03:00
 
 
 
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A necessária retomada da economia precisa de energia, e, se ela vier de fontes ambientalmente limpas e sustentáveis, melhor ainda. O anúncio, a ser oficializado amanhã, de que o Estado vai praticamente triplicar o número de usinas fotovoltaicas, com a instalação de 30 novas unidades em 17 cidades, é um passo importante nesse sentido.

Trata-se de uma opção racional. Com até 6,5 kWh por metro quadrado de radiação solar, Minas tem praticamente o dobro do potencial da Alemanha – país-modelo na utilização de fontes renováveis na Europa – para geração de energia fotovoltaica. E os investidores já descobriram isso. Além do já citado complexo, capaz de atender 1,7 milhão de residências, até 2023 os espanhóis pretendem construir em Janaúba e Arinos duas das cinco maiores usinas fotovoltaicas do planeta.

Minas Gerais é o terceiro em potência instalada, atrás de Bahia e Ceará, e o segundo Estado em geração desse tipo de energia, segundo dados de maio divulgados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Dos 434 megawatts de energia fotovoltaica gerados no país naquele mês, 105,74 mw (cerca de 25%) saíram de instalações no Estado.

Hoje também, os mineiros lideram a geração distribuída, que é quando o próprio consumidor produz a sua energia por painéis nos telhados ou áreas livres. No Estado, 9.922 micro e pequenas unidades em residências, indústrias, lojas e prédios públicos garantem 1,6 GW de potência instalada.

O que se espera é que o sucesso obtido com o tratamento diferenciado do poder público para essa área possa ser estendido às outras fontes ecológica e economicamente sustentáveis, como eólica e de biomassa, por exemplo.

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