Imponderável. Este é o cenário que predomina neste último dia antes do primeiro turno das eleições de 2014. Em uma disputa em que quase tudo aconteceu, a recuperação do senador Aécio Neves para o patamar que tinha antes da morte de Eduardo Campos confunde a cabeça de quem já tinha o voto definido. Mas a movimentação de “indecisos” atinge, principalmente, aqueles que, antes da tragédia, votaria mesmo no candidato mineiro.
Ou seja, o voto que era de Aécio em julho e que ele viu escapar com o episódio de 13 de agosto está voltando ou já voltou para o ninho tucano. Porém, levando em conta a votação de Marina nas eleições de 2010 mais a herança deixada por Campos, ela ainda teria uma “gordura” de três a cinco pontos que a garantiria na disputa com a petista.
Então é chegado o “Dia D”. Além dessa dúvida de quem entre Aécio e Dilma permanecerá na disputa, outra incerteza ronda as cabeças do eleitorado e das equipes de campanha.
Com a perda de fôlego de Marina e a migração de votos, não necessariamente para Aécio, a hipótese que Dilma Rousseff possa liquidar a fatura amanhã também ganha força. É das três possibilidades a mais improvável, mas, novamente, o irrevelável pode mostrar a sua face.
Pelos últimos levantamentos de Datafolha, Ibope e outros institutos, imaginando que a famigerada margem de erro possibilite cada instituto trabalhar interesses e estratégias ruidosamente subjetivos, Dilma chega, em alguns casos, a 47% ou mais dos votos úteis. Assim, sendo, precisaria contar com muito pouco para alcançar os 50% mais um.
Porém, fazendo comparações entre as pesquisas atuais com as eleições anteriores e aplicando aqui os mesmos desvios registrados há quatro anos, mesmo que seja um exercício de futurologia, pode se trabalhar com a hipótese de que, ao final da contagem de votos, às 17 horas deste domingo, a candidata do PT tenha um desempenho menor do que se espera, não ultrapassando 43% dos votos válidos.
Já Marina, pelos mesmos critérios, subiria mais dois pontos percentuais, chegando até 29%. Já o candidato tucano, caso repita a performance registrada por José Serra, também cresceria dois pontos percentuais, mas ainda assim ficaria com menos votos que a representante do PSB (algo perto de 26%). Esse finalzinho de corrida presidencial será o mais confuso, delirante, emocionante e imprevisível de toda história das eleições no Brasil.
Os mais lúcidos dentro do PT já imaginam um segundo turno difícil seja qual for o adversário. Não terá moleza com Aécio nem com Marina. Caso não seja possível liquidar a fatura, a corrente majoritária acha melhor enfrentar o tucano, pois o PSDB seria um “adversário conhecido”. Já os que preferem Marina, em menor número, argumentam que a onda da virada imposta pelo senador poderia se estender e contagiar o eleitorado da acreana, que, por vocação, depositaria a confiança em Dilma, mas que, devido aos ataques desferidos contra a ex-ministra do Meio Ambiente, já estariam se esvaindo.
De qualquer forma, se não acabar amanhã, no mesmo dia terá início uma nova e eletrizante eleição, cujo placar estará novamente zerado, se, somente se, as ditas “oposições” conseguirem se unir.
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.