Meu nome é Luciara Oliveira, sou formada em letras e tenho mestrado em literatura pela UFMG. Sou casada há 12 anos com Fernando, e temos dois filhos: Miguel, de 8 anos, e Rafael, de 6.
Há alguns anos, iniciei um blog, chamado Materletras. Ele nasceu do desejo de juntar duas grandes paixões: a maternidade e os livros. A ideia era expor alguns pensamentos sobre a experiência de ser mãe pelo viés da minha relação com as palavras, algo que me acompanha desde a infância e que espero transmitir aos meus filhos.
Surgiu, então, a vontade de escrever para o portal O Tempo, da Sempre Editora, na qual trabalho desde 2013, como revisora de textos. A possibilidade veio ao encontro da aspiração, que se concretiza agora com a coluna Materletras, a ser publicada toda segunda-feira neste espaço. Porém, diferentemente do que normalmente registro no blog, apresentarei aqui crônicas inspiradas no meu cotidiano com as crianças.
Os meninos, evidentemente, serão os personagens desses textos. Gosto de observar, desde quando começaram a falar, a forma como se colocam em relação à linguagem. Várias vezes, eles surpreenderam – e ainda surpreendem – com algum comentário ou pergunta, naquilo que nos habituamos a chamar de “pérolas”, próprias das crianças.
Além disso, na fase da infância, é comum acontecerem casos engraçados ou inusitados, reveladores do processo de construção e de crescimento dos pequenos no encontro com as pessoas, com a vida, com o mundo.
Vejo nessas situações uma motivação para escrever, transformá-las em histórias, para que não se percam com o tempo. E ao publicá-las, quem sabe, criar identificação com outras mães e filhos.
Vou contar, por exemplo, sobre o dia em que o Rafael aproveitou um momento de tédio, e de distração dos pais, para se livrar, de maneira peculiar, de algo que o incomodava. Outro relato que vem por aí é o de como uma simples notícia de jornal levou as crianças a inventar brincadeiras envolvendo um universo imaginário e cheio de aventuras. E, ainda, o caso da história de terror que deu o maior medo nos meninos – e não só neles.
Desejo que essas crônicas provoquem algo bom em quem vier a lê-las. Tomara que essas histórias curtas, despretensiosamente simples, sirvam para não deixar esquecer aquilo que as crianças costumam suscitar entre nós: a espontaneidade, a sinceridade, a alegria, a ternura. Espero que vocês saboreiem!