MEU DINHEIRO

Desde os tempos da vovó

Depois de fazer o meu orçamento, como eu posso utilizá-lo no dia a dia? Como eu posso garantir o seu cumprimento?

Por Carlos Eduardo Costa
Publicado em 13 de março de 2019 | 03:00
 
 
 
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Nas palestras que faço por todo o Brasil, sempre encontro uma dúvida comum. As pessoas afirmam que já conseguiram entender que a única maneira de superar o momento financeiro delicado é através do planejamento financeiro. E sabem que o início desse planejamento passa pela elaboração do seu orçamento doméstico. Mas a grande questão levantada é a seguinte: depois de fazer o meu orçamento, como eu posso utilizá-lo no dia a dia? Como eu posso garantir o seu cumprimento?

Muitos autores afirmam que a grande armadilha de um orçamento é a falsa esperança de que ele seja a garantia da transformação de nossa vida financeira. Um orçamento doméstico é inicialmente um pedaço de papel ou uma planilha eletrônica preenchida por pessoas. Ele aceita qualquer informação. Podemos falar que iremos gastar x ou y com aquela despesa. É no dia a dia que devemos garantir que aquilo que planejamos se transforme em realidade. Se eu planejei gastar determinado valor no supermercado, é na hora de fazer as compras que eu devo garantir que esse valor seja respeitado. E existe alguma forma de se controlar as despesas conforme o orçamento?

Eu sempre usei e indico uma maneira muito simples que aprendi com minha avó. Minha avó administrava as despesas de sua casa com uma caixa e vários envelopes. Ao receber do meu avô o dinheiro para o mês, ela dividia o valor em diversos envelopes. Cada envelope tinha um destino específico: um era o dinheiro para as despesas com supermercado, um para o açougue, um para a empregada, um para a energia, um para a padaria e diversos outros. Assim ela conseguia administrar o dinheiro ao longo do mês. Se um envelope estivesse ficando vazio, era hora de pisar no freio naquela despesa. Ou até mesmo rever as necessidades. Tirar um pouco dos outros envelopes para garantir aqueles gastos até o fim do mês.

Se em algum houvesse uma sobra, ela podia utilizar o valor para outra finalidade e até para mesmo aumentar suas economias (poupança). Cada envelope era decorado conforme a despesa que iria garantir.

Através dos envelopes é possível ter um bom controle das despesas que vão se repetindo ao longo do mês. E, na maioria das vezes, são essas despesas que nos fazem perder o controle do nosso orçamento.

Grandes mudanças podem ser alcançadas com transformações simples!

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