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De quem é a responsabilidade do seu plano de carreira?

Evolução profissional e adaptação ao mercado de trabalho

Por Tatiana Romero
Publicado em 19 de julho de 2023 | 07:00
 
 
 
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Até há pouco tempo, ter uma carreira de sucesso se resumia a alcançar uma posição de liderança em uma grande companhia. O objetivo de quase todas as pessoas ativas no mercado de trabalho era subir na hierarquia da empresa, ter um cargo importante e um salário alto. Ainda hoje, ter uma perspectiva de crescimento profissional é um fator importante para 34% das pessoas optarem por permanecer ou mudar de emprego, segundo uma pesquisa recente feita pela Ticket. O levantamento também mostrou que, para 25% dos 1.700 entrevistados, o salário é o segundo aspecto mais relevante, e o ambiente de trabalho ocupa a terceira posição, com 24% das menções.

Contudo, esse cenário vem mudando com a chegada de novas gerações ao mercado, em especial a geração Z, composta por pessoas que nasceram desde 1995. Hoje, para se sentirem profissionalmente realizados, esses jovens também querem ter novas experiências, oportunidades de aprendizado e desenvolvimento e um propósito maior em suas carreiras. Além disso, muitos profissionais têm a expectativa de ter mais de uma experiência ao longo da vida, trabalhando em diferentes áreas e empresas, para que possam desenvolver habilidades diversas. A ideia de permanecer por muito tempo em um único emprego não é mais atraente para muitos. Em vez disso, buscam um estilo de vida mais flexível e dinâmico. 

As empresas não deixaram de orientar e direcionar a carreira dos profissionais com incentivos e promoções, pois esse movimento continua sendo importante e até mesmo fundamental. Mas, como protagonista de sua carreira, o indivíduo também passa a traçar seu próprio plano profissional, buscar se desenvolver por meio dos estudos e criar oportunidades e desafios. 

Protagonizar sua própria carreira é estar aprendendo e se desenvolvendo sempre. Cada pessoa deve pensar em si mesma como uma marca pessoal, cuidando de sua imagem e criando uma rede de contatos fortes, o famoso networking. Cada um pode e deve criar o próprio plano de carreira, baseado nas suas habilidades, interesses e metas pessoais – e por que não dividir com a gestão? Por meio de ferramentas como competências técnicas e comportamentais e de avaliações 360, essa prática pode gerar relações de confiança, aperfeiçoar visões e fomentar oportunidades de carreira. 

A carreira não é um destino final, mas sim uma jornada em evolução constante. Cada passo deve ser pensado com atenção e cuidado, levando-se em conta as oportunidades de crescimento, a assertividade e a consequência do caminho escolhido. O conceito de projeção de carreira hoje em dia foi bastante modificado em relação ao passado. Não há mais uma única definição de êxito, cada pessoa pode criar sua própria trajetória. A chave para o sucesso é estar sempre evoluindo e se adaptando às mudanças no mercado de trabalho, sem perder sua essência. 

Tatiana Romero é diretora de recursos humanos da Ticket

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