Os pais vão ter o seu dia comemorado em meio à pandemia, assim como foi o Dia das Mães. Mas a polêmica em relação a essa data comemorativa é infinitamente maior que qualquer outra data. A escolha de Thammy Miranda, um pai transexual para a campanha de uma grande empresa de cosméticos, jogou pimenta no dendê. Figuras como o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Eduardo Bolsonaro disseram que Thammy Miranda não poderia ser pai do pequeno Bento, de 6 meses, pelo fato de ser um transexual.
Influencers conservadores convocaram seguidores a nunca mais comprarem produtos da Natura, responsável pela ação. Os ataques foram um sucesso para a Natura, cujas ações se valorizaram em R$ 1,5 bilhão até a última quinta-feira, segundo reportagem da revista “Forbes”. Enquanto aproveita a repercussão e mensagens públicas de apoio de personalidades como o ator Bruno Gagliasso e o youtuber Whindersson, Thammy vê crescimento recorde em sua redes sociais. Só no Instagram, ele tem quase 3 milhões de seguidores.
Mas a visibilidade também se reflete na pré-candidatura a vereador em São Paulo pelo Partido Liberal. Ele tentou, em 2016, pelo PP, de Paulo Maluf, mas não se elegeu com 12,4 mil votos. A hipocrisia que se reflete nos chamados conservadores não consegue enxergar que o mundo mudou muito antes da pandemia.
Não é porque sou heterossexual que não devo respeitar a sexualidade do outro. O que isso influencia a minha vida e a dos meus filhos ? A forma como os educo será sempre de respeitar o outro e entender as diversidades, o resto é mi-mi-mi de alguns que não têm coragem de sair do armário.