Se você já fez alguma viagem internacional, provavelmente se deparou com as icônicas letras vermelhas "H&M" em shoppings ou campanhas publicitárias. Agora, a famosa varejista sueca de moda finalmente aterrissa no Brasil, marcando um novo capítulo no setor. Confira de que forma isso atinge o mercado.
Um gigante da moda acessível
Fundada em 1947, a Hennes & Mauritz (H&M) se consolidou globalmente ao oferecer moda de qualidade a preços competitivos. A marca se destaca por suas colaborações com designers renomados e celebridades. Nomes como Karl Lagerfeld, ex-diretor criativo da Chanel e Fendi, e Kendall Jenner, que estrelou a campanha da coleção de Giambattista Valli para a H&M em 2019, já fizeram parte de suas parcerias icônicas.
Com presença em mais de 70 países, a H&M está entre as maiores varejistas de moda do mundo. No Brasil, a marca estreará com três lojas: duas em São Paulo, nos shoppings Iguatemi e Anália Franco, e uma em Campinas, no Parque Dom Pedro Shopping.
Expansão na América Latina
A H&M chegou à América Latina em 2012, com a inauguração de lojas no México. Desde então, expandiu para Chile (onde já possui mais de 25 lojas), Uruguai, Peru, Panamá, Costa Rica e República Dominicana. Em 2024, além do Brasil, El Salvador também receberá unidades da varejista. Já em 2026, o Paraguai será o próximo destino da expansão.
Presença online e planos futuros
Em julho de 2023, a H&M anunciou sua chegada ao Brasil com lojas físicas e um e-commerce previsto para 2025, garantindo que os consumidores tenham acesso facilitado às coleções da marca. O plano inicial foca nas principais cidades do Sudeste, mas a empresa pretende ampliar sua presença pelo país ao longo do tempo.
Concorrência no Brasil
A H&M entra em um mercado competitivo, disputando espaço com marcas já consolidadas como a holandesa C&A, a brasileira Renner e a espanhola Zara. Sua chegada acontece cerca de dois anos após a saída da Forever 21 do Brasil, que encerrou suas 15 lojas em 2022 devido a dificuldades como altos impostos, custos de importação e infraestrutura, fatores que impactaram o preço final de seus produtos e afastaram os consumidores.
Desafios e cenário do varejo de moda
A entrada da H&M ocorre em um momento desafiador para o varejo de moda no Brasil. Os juros altos – no dia 19 de março, o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou a taxa Selic para 14,25% ao ano e a inflação pesam sobre o setor.
Em janeiro de 2024, as vendas no varejo brasileiro caíram 0,1% em relação ao mês anterior, embora tenham registrado um crescimento de 3,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o IBGE.
Além disso, o avanço das plataformas online, como Shein e Shopee, tem transformado o cenário da moda no país. A Shein, por exemplo, faturou R$ 7 bilhões no Brasil apenas em 2022, consolidando-se como uma concorrente de peso no e-commerce de fast fashion.
Para garantir uma entrada bem-sucedida no Brasil, a H&M se associou ao Dorben Group, empresa especializada em operações de varejo na América Central e do Sul, que ajudará a estruturar sua expansão no país.
O que esperar da H&M no Brasil?
A chegada da H&M promete movimentar o mercado, trazendo novas opções de moda acessível e de qualidade para os brasileiros. A expectativa é que a varejista contribua para um novo fôlego no setor, elevando a competitividade e oferecendo ao consumidor uma experiência de compra renovada.
Sem dúvida, essa estreia marca um momento importante para o varejo de moda no Brasil e promete transformar o cenário das fast-fashions no país.