As micro e pequenas empresas confirmaram, mais uma vez, seu protagonismo na geração de empregos no Brasil. Em julho, oito em cada dez vagas formais criadas no país foram abertas por esse segmento, segundo levantamento do Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No total, 103,6 mil trabalhadores ingressaram no mercado de trabalho por meio de micro e pequenas empresas apenas no mês.

De janeiro a julho, o saldo acumulado chega a 853,8 mil empregos, evidenciando que os pequenos negócios são, de fato, o motor da absorção de mão de obra no país.

Setores que mais contratam

O setor de Serviços lidera a geração de empregos, responsável por mais de 430 mil admissões nos primeiros sete meses do ano. Construção e Indústria de Transformação vêm em seguida, com 161 mil e 120 mil vagas, respectivamente.

Em julho, os Serviços voltaram a ocupar o topo do ranking, com 42,5 mil contratações, enquanto Construção e Comércio ficaram praticamente empatados, cada um com mais de 23 mil. Atividades como transporte rodoviário de cargas, atendimento hospitalar, supermercados, fornecimento de recursos humanos e construção civil aparecem entre as mais dinâmicas, demonstrando a amplitude dos setores em que os pequenos negócios exercem papel estratégico.

Papel indireto das micro e pequenas empresas

Enquanto grandes companhias concentram suas atividades em capitais e regiões metropolitanas, as micro e pequenas empresas estão espalhadas pelo território nacional. Essa distribuição garante a geração de empregos em diferentes localidades e impulsiona a economia regional.

Em municípios de menor porte, muitas vezes esses negócios são os principais responsáveis por manter o comércio ativo, oferecer serviços básicos e movimentar cadeias locais de fornecedores. A presença capilar contribui para integrar áreas fora dos grandes centros às dinâmicas produtivas do país.

O segmento também se destaca por absorver mão de obra em diferentes perfis. Jovens em busca do primeiro emprego, trabalhadores com menor escolaridade e profissionais em processo de recolocação encontram nessas empresas uma porta de entrada para o mercado formal.

Essa característica amplia o acesso de diferentes grupos ao trabalho com carteira assinada e reforça o papel das micro e pequenas empresas na inclusão produtiva.