O pré-candidato à reeleição ao Senado Alexandre Silveira (PSD) está na quinta colocação de quem mais gastou no Brasil com publicidade na Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, nos últimos sete dias. Ao todo, o senador gastou mais de R$ 44 mil na última semana. Os dados são da própria plataforma, que disponibiliza um ranking com os dados.
No “Top 5”, apenas Silveira e o primeiro colocado (Brasil Paralelo, R$ 274 mil) têm viés político. À frente do senador ainda tem Doritos (R$ 86 mil), Cruz Vermelha (R$ 71 mil) e a farmacêutica Pfizer (R$ 45 mil). Ele inclusive gastou mais, nos últimos sete dias, do que a pré-candidata à presidência Simone Tebet (MDB), que, via seu partido, gastou pouco mais de R$ 38 mil.
Já em todo o histórico de publicações pagas, tanto no Instagram, quanto no Facebook, o senador teve maior engajamento em um post patrocinado (pago) entre os dias 6 de junho e 10 daquele mês. O conteúdo citava o voto de Alexandre Silveira na PEC 11/2022 que tratava o piso salarial nacional para os profissionais de enfermagem. Ele destacou na imagem que votou pelo 'sim'. Ao todo, nessa publicação foi gasto entre R$ 4.500 e R$ 5 mil, e teve mais de um milhão de visualizações. Mulheres, na faixa etária de 18 a 34 anos, foram as que mais visualizaram, de acordo com os dados da Meta.
A comunicação digital é um dos caminhos em que os políticos estão mais interessados em investir. Se popularizar nas redes sociais, em tese, pode virar voto na urna. Recentemente, inclusive, a pré-campanha do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi reforçada com a ex-candidata a vice-presidência da República Manuela D’Ávila para comandar a área digital da campanha de Kalil.
O senador está em fase de pré-campanha para tentar sua reeleição ao Senado. Ele conseguiu a atual vaga após o ex-senador Antonio Anastasia (PSB) se tornar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Para as eleições, o senador Alexandre Silveira foi escolhido após uma negociação política entre seu partido, o PSD, e o Partido dos Trabalhadores (PT). Desta forma, o PT e PSD escolheram o nome de Alexandre Kalil (PSD) como pré-candidato a governador de Minas Gerais, com André Quintão (PT) como pré-candidato a vice-governador do Estado e, Silveira, como o nome da chapa para o Senado.
A reportagem procurou o senador Alexandre Silveira para comentar sobre o uso de publicidade nas redes sociais, mas até o momento da publicação não houve retorno.
O que diz o TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina algumas regras para publicações pagas de candidatos políticos, via Resolução 23.610, quando as campanhas eleitorais começarem de fato. Entre outros pontos, é proibido veicular qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, em certos casos. A exceção fica por conta do impulsionamento de conteúdo, que deverá estar identificado de forma clara e ter sido contratado, exclusivamente, por candidatas, candidatos, partidos, coligações e federações partidárias ou pessoas que os representem legalmente. A publicação paga, ou seja, aquilo que se configuraria como propaganda eleitoral na internet, deve ser identificada onde for divulgada.
De acordo com o TSE, por ser vedado o impulsionamento de conteúdo por apoiadores, esses possíveis anúncios deverão identificar como responsáveis a candidata, o candidato, o partido, a coligação ou a federação partidária. A norma também proíbe a contratação de pessoas físicas ou jurídicas que façam publicações de cunho político-eleitoral em suas páginas na internet ou redes sociais.
Confira o Top 10 dos que mais gastaram com publicidade em redes sociais nos últimos sete dias (Instagram e Facebook):
1) Brasil Paralelo - R$ 274.700
2) Doritos - R$ 86.578
3) Comitê Internacional da Cruz Vermelha - R$ 71.467
4) Pfizer Brasil - R$ 45.966
5) Alexandre Silveira (PSD) - R$ 44.599
6) Greenpeace Brasil - R$ 38.563
7) Simone Tebet (MDB) - R$ 38.500
8) Tarcísio Gomes de Freitas (ex-ministro da Infraestrutura do Presidente Jair Bolsonaro) - R$ 34.635
9) Vai Lá e Vota (Instituto Votorantim) - R$ 31.938
10) BP Select (via Brasil Paralelo) - R$ 28.505