Depois de ver aprovado um de seus principais projetos de lei, o da reforma administrativa, pela Câmara dos Vereadores, o prefeito Fuad Noman (PSD), terá nesta quarta-feira (4 de dezembro) uma prova do que pode esperar da Casa neste último mês de seu primeiro mandato.

O teste de Fuad será com a votação do projeto, também enviado à Casa pela prefeitura, que isenta o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para empresas de ônibus da capital. O texto, assim como a reforma administrativa, teve tramitação acelerada no parlamento municipal.

A rapidez na tramitação dos dois projetos ocorreu com a aprovação, pelo Plenário, de requerimentos do líder do governo, Bruno Miranda (PDT), para que os textos fossem votados de uma só vez por três comissões.

Nesta terça-feira, porém, o governo, que vinha em lua de mel com a Casa, teve um revés com a aprovação, para o orçamento de 2025, de emendas de vereadores que não estavam acordadas com os parlamentares. As emendas foram votadas em bloco após requerimento da vereadora Marcela Trópia (Novo) acatado pelo presidente da Casa, Gabriel Azevedo (MDB).

Caso o projeto do ISSQN seja aprovado, a derrota na votação do orçamento poderia indicar que se tratava apenas de movimentação pessoal dos vereadores, pelo interesse nas emendas. Outra derrota nesta quarta, porém, soaria como uma mudança no humor dos parlamentares em relação ao governo.

Além do projeto do ISSQN, a prefeitura ainda, pelo menos, outros dois textos considerados estratégicos para o governo. Ambos autorizam a prefeitura a contratar empréstimos . Um terceiro projeto nesta linha, de aproximadamente R$ 300 milhões, já foi aprovado pela Casa neste mês.