Atual 1° secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Antonio Carlos Arantes (PL) não será candidato à reeleição. O único a registrar a candidatura para o cargo, cuja eleição será logo mais, às 10h, nesta quarta-feira (4 de dezembro), foi Gustavo Santana (PL), líder do bloco de sustentação ao governo Romeu Zema (Novo).

A informação foi dada por O Fator e confirmada por O TEMPO. Não há mais tempo hábil para Arantes registrar a candidatura, já que o prazo se esgotava às 8h. Apenas Santana apresentou o nome para a 1° Secretaria, que, tratada como a “prefeitura” da ALMG, é o posto mais cobiçado depois da presidência.

Em articulação iniciada na última segunda (2 de dezembro), Santana reuniu o apoio de seis dos 11 deputados estaduais da bancada do PL na ALMG. Assinaram um documento para endossar o filho do ex-deputado estadual e ex-deputado federal José Santana (PL) Caporezzo, Coronel Henrique, Delegada Sheila, Marli Ribeiro e Sargento Rodrigues.

Nessa terça, em uma reunião da bancada, Santana apresentou o documento a Arantes para mostrá-lo que era voto vencido entre os próprios correligionários. Àquela altura, o atual 1° secretário não sinalizou se desistiria da candidatura. Além do próprio Arantes, não assinaram o documento Alê Portela, Bruno Engler, Coronel Sandro e Eduardo Azevedo.

Desde então, atores, como o próprio presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, que deve ser reconduzido, atuavam para tentar chegar a um consenso. Caso Arantes e Santana mantivessem as candidaturas, o plenário decidiria entre um e outro na eleição, o que ampliaria o desgaste para todos os demais deputados.

Santana articulou a eleição para a 1° Secretaria em resposta a Arantes, que apoiou a reivindicação de Engler pela liderança do bloco de sustentação a Zema. Ao perceber que perderia o posto, o provável novo 1° Secretario começou a trabalhar pelo posto na Mesa Diretora.

Caso se concretize, a eleição de Santana para a 1° Secretaria deve pavimentar o salto de Engler para a liderança do bloco de sustentação a Zema. Por ora, nenhum outro deputado do PL colocou o nome à disposição para assumir a frente do grupo.