O Novo tem expectativa de uma filiação do senador Cleitinho Azevedo, atualmente no Republicanos, ainda neste ano, apesar de ele só ter planos para mudar de partido em 2025. A sigla chegou a trabalhar com a ideia de que o senador se filiasse ainda em maio ou em junho, mas o parlamentar diz que não deve pensar em trocar de legenda até o ano que vem. 

“Vou tratar disso no ano que vem. Não quero tratar disso agora”, se limitou a responder Cleitinho, ao ser questionado sobre o motivo de deixar a mudança para 2025. 


No fim de 2023, o senador havia sinalizado à cúpula do Novo que se filiaria durante encontro com o governador Romeu Zema e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol. A diretoria do partido esperava inicialmente que Cleitinho se filiasse até a data-limite de filiação partidária para as eleições deste ano, em 6 de abril, mas isso não ocorreu.


De acordo com o presidente estadual do Novo em Minas Gerais, Christopher Laguna, as portas do partido estão abertas e tudo depende do ajuste entre o Cleitinho e sua atual sigla, o Republicanos, para que a filiação ocorra. A principal ligação entre Cleitinho e o Republicanos é hoje o presidente do partido no Estado, o deputado federal Euclydes Pettersen.


“O senador pondera para nós que está para vir (para a legenda), então não tem uma data certa prevista. Mas acredito eu que está próximo de vir. Não sei como ele está com o Republicanos. Não estava acertada (a filiação), mas é algo que esperamos que aconteça ainda neste ano”, informa Laguna.


A chegada de Cleitinho ao Novo significaria um grande ganho para o partido em duas frentes, segundo Laguna: primeiro, ter nos quadros da sigla alguém com a capacidade e perfil de comunicação que tem o senador, o que seria uma novidade na legenda, tida como distante da população e muito focada em “gestores”. Segundo, seria importante para agregar, na campanha de 2026, um novo membro do Senado no partido, o que traria tempo de rádio e televisão e credibilidade à legenda.


“Ele vindo para o Novo, para nós, significaria a vinda de uma figura nacional muito importante, que agrega tudo o que o Novo precisa, além de ser alguém com um acesso à população da forma que o Novo quer. Os valores que ele traz, e a comunicação que ele tem, a conexão com a população, tudo isso seria importante ao partido”, diz Laguna.

“Estamos em uma fase de expansão e além da parte de gestão, que fazemos muito bem, precisamos criar comunicadores. Cleitinho fala exatamente o que acontece de uma forma simples. O público vê no Novo uma cara muito de gestores, de um partido muito técnico, mas o senador mostra o que queremos ao pé da letra”, completa o presidente do partido Novo em Minas. Laguna nega qualquer mal estar com a demora na filiação de Cleitinho. “É óbvio que todo mundo estava na expectativa, mas não teve mal estar, não. As portas estão abertas”, acrescenta.

No ano passado, o irmão de Cleitinho e prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, se filiou ao Novo em evento com o governador Romeu Zema. O movimento foi uma primeira aproximação do partido com o senador.