Cinco pré-candidatos a prefeito de Belo Horizonte definem, neste fim de semana, os rumos de suas campanhas à prefeitura da capital. Luísa Barreto (Novo), Mauro Tramonte (Republicanos), Carlos Viana (Podemos), Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) devem indicar alianças e chapas para a disputa municipal. 

Ao todo, onze convenções estão previstas. No sábado (3/08), Solidariedade, Novo e Republicanos fazem seus encontros. No domingo (4/08) foram confirmadas as convenções da federação PT-PCdoB-PV, da Rede Solidariedade, do Podemos, do PP, do PMN, do DC, do PRTB e do PDT. As legendas que não têm pré-candidato a prefeito fazem a convenção para aprovar chapas de vereadores e alianças para as disputas municipais.

No sábado, a expectativa é pela confirmação da aliança entre o partido Novo do governador Romeu Zema e o Republicanos, do pré-candidato Mauro Tramonte. No domingo, as atenções se voltam para o PT de Rogério Correia e o PDT de Duda Salabert, que disputam votos entre eleitores do presidente Lula (PT). O senador Carlos Viana, pré-candidato do Podemos, também oficializa a candidatura no domingo. 

Novo e Republicanos

Depois de sustentar a pré-candidatura de Luísa Barreto, ex-secretária de Planejamento e Gestão do governo Zema, o Novo resolveu aderir à candidatura do deputado estadual Mauro Tramonte, do Republicanos. A expectativa na convenção do Novo é confirmar a indicação de Luísa Barreto como candidata a vice-prefeita.

Outro ponto que chama a atenção na convenção é a possibilidade de reunir, pela primeira vez, o governador Romeu Zema e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, em um mesmo palanque eleitoral. Os dois disputaram o governo do Estado em 2022. Kalil anunciou que irá se filiar ao Republicanos e apoiar Tramonte, o movimento coloca o ex-prefeito em um partido que compõe com o governador. 

A possibilidade de união entre as duas lideranças políticas provocou estranheza em adversários do ex-prefeito, como Bruno Engler, pré-candidato a prefeito do PL na capital. Ele classificou a aliança como “estranha” e “fruto do pragmatismo político do Brasil”. 

O presidente do Novo em Minas Gerais, Christopher Laguna, disse, no entanto, que não há razão de estranhamento e que Republicanos e PL seguem como prioridade para alianças da legenda. “Temos presença em 430 cidades mineiras (nas eleições) e saímos com prefeitos em 40. A grande maioria será uma aliança entre Novo, PL e Republicanos. Essa é a nossa prioridade. Mas cada cidade é de um jeito e em Belo Horizonte não foi possível”, diz.

PT e PDT

Outra situação a ser definida é a aliança ou não de PT e PDT, dois partidos da base de apoio do governo Lula e que têm pré-candidaturas próprias para a disputa em Belo Horizonte. Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) têm disputado a preferência do eleitor de esquerda na capital mineira. O temor é que a divisão acabe com a possibilidade de ter um candidato próximo do governo federal no segundo turno das eleições em Belo Horizonte.

Em público, os representantes da legenda tem evitado fazer comentários. Nos bastidores, a união das duas candidaturas é considerada improvável. Segundo a direção das duas legendas, as convenções é que irão definir o caminho. Se prevalecer o distanciamento, a perspectiva passa a ser qual será o vice-prefeito em cada uma das legendas.

Uma terceira pré-candidata dos partidos de esquerda, a deputada Bella Gonçalves (PSOL), teve o nome referendado como pré-candidata da federação PSOL-Rede, mas acabou abrindo mão em benefício da candidatura petista. Ela é apontada como possível vice na chapa de Rogério Correia. No caso do PDT de Duda Salabert, o partido tem mantido suspense.

Podemos

No Podemos, que apresenta a candidatura do senador Carlos Viana, a expectativa é referendar uma situação já estabelecida. Havia a expectativa de que o Novo ou o PSDB, que tem o ex-deputado João Leite como pré-candidato, pudessem aderir à campanha de Viana. As negociações não avançaram e o senador escolheu o empresário Fred Aisc, do partido Democracia Cristã (DC), como candidato a vice-prefeito em sua chapa. O anúncio foi feito na segunda-feira e deve ser homologado na convenção.

Situações já definidas

O atual prefeito Fuad Noman (PSD) foi aprovado na convenção, em 20 de julho, e será candidato à reeleição pelo PSD. Ele terá como candidato a vice-prefeito o vereador Álvaro Damião, do União Brasil.  

O MDB também aprovou, em 27 de julho, o nome de Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal, como representante da legenda na disputa pela prefeitura. Gabriel terá o ex-vice-governador Paulo Brant (PSB) como candidato a vice-prefeito em sua chapa.

O PL homologou a candidatura de Bruno Engler, nesta sexta-feira (2/08). Havia a expectativa que o PP indicasse o vice-prefeito na chapa, que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, na convenção, o PL optou por uma "chapa pura" e terá Coronel Cláudia (PL) compondo chapa com Engler.

O partido Unidade Popular (UP) é outro que já definiu sua situação. A legenda terá Indira Xavier como candidata à Prefeitura de Belo Horizonte tendo como vice Geraldo Neres, também da UP.

Wanderson Rocha, sindicalista, será o candidato do PSTU  à Prefeitura de Belo Horizonte. A candidata a vice na chapa é Andréa Carla Ferreira. A chapa “pura” foi oficializada em convenção realizada em 28 de julho.

Pendência

Um caso que chama a atenção é do PSDB. Os tucanos apresentaram o nome do ex-deputado João Leite como pré-candidato na disputa pela prefeitura da capital mineira, mas a convenção do partido não oficializou a candidatura.

Segundo interlocutores do PSDB, o partido mantém negociações com partidos aliados. A oficialização de João Leite como candidato só vai acontecer depois que forem esgotadas as tentativas de acordo com outras legendas.

Confira a agenda de convenções do fim de semana

  • Solidariedade – 3 de agosto, sábado, às 8h, na Assembleia Legislativa
  • Novo –  3 de agosto, sábado, às 9h, no Auditório da Escola do Legislativo 
  • Republicanos –  3 de agosto, sábado, às 10h, na Assembleia Legislativa
  • Rede Solidariedade –  4 de agosto, sábado, às 10h, no Auditório da Escola do Legislativo
  • Podemos –  4 de agosto, domingo, 8h, na Assembleia Legislativa
  • PT/PV/PC do B – 4 de agosto, domingo, 9h, na Assembleia Legislativa
  • PMN – 4 de agosto, domingo, às 10h30, na Assembleia Legislativa
  • PP –  4 de agosto, sábado, às 13h, na Assembleia Legislativa
  • DC –  4 de agosto, sábado, às 13h30, na Assembleia Legislativa
  • PRTB –  4 de agosto, sábado, às 17h, na Assembleia Legislativa
  • PDT –  4 de agosto, domingo, às 17h, no Auditório do Quality Hotel Pampulha