A bancada mineira no Congresso Nacional vai elaborar um novo estatuto com regras diferentes para a definição da coordenação. Em reunião nessa quarta-feira (5 de fevereiro), os deputados decidiram, entre outros pontos, retirar a indicação por meio de listas de assinaturas. Com isso, a votação passará a ser secreta.

Além da retirada da lista, as novas regras prevêem que o mandato de coordenador será de um ano, podendo ocorrer a reeleição. Foi criado um grupo de sete deputados para elaborar um novo estatuto da bancada, formado por Patrus Ananias (PT), Célia Xakriabá (Psol), Marcelo Álvaro Antônio (PL), Igor Timo (PSD), Ione Barbosa (Avante), Dimas Fabiano (PP) e Lafayette Andrada (Republicanos).

Como a coluna Aparte havia adiantado, pelo menos quatro nomes disputariam para assumir a coordenação da bancada mineira no Congresso. Além do deputado federal Luiz Fernando Faria (PSD), que exerce a função atualmente, Paulo Guedes (PT), Newton Cardoso Jr. (MDB) e Igor Timo (PSD) se apresentavam como opção para escolha dos parlamentares.

Luiz Fernando Faria foi escolhido para a coordenação da bancada em fevereiro de 2023 por unanimidade. Diante das movimentações políticas em torno do cargo no início de 2025, ele havia informado que pretendia reunir os mineiros na volta das atividades parlamentares para debater, justamente, sobre o futuro da coordenação da bancada.

Newton Cardoso Jr., por exemplo, já vinha colhendo as assinaturas que, antes das mudanças, seriam necessárias para assumir a função. Já o deputado federal Paulo Guedes, quando houve a escolha do atual coordenador da bancada mineira na Câmara, havia colocado seu nome entre os cotados. Porém, por conta de articulações políticas, ele retirou a candidatura em favor de Faria. O acordo seria que, na próxima troca, ele se tornaria o coordenador.