Os filhos do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), Paulo Henrique Noman e Gustavo Fuad Noman, relembraram a relação do pai com a família e com o trabalho na despedida do chefe do Executivo. Eles deram declarações à imprensa na tarde desta quinta-feira (27 de março), durante o velório na sede da prefeitura da capital mineira.
Paulo Henrique, que mora e trabalha no exterior, chegou nesta quinta-feira em Belo Horizonte para se despedir do pai e destacou a presença da população belo-horizontina na cerimônia, que formou fila na entrada da prefeitura para dizer o último adeus, assim como de outras figuras políticas que compareceram e prestaram suas homenagens ao prefeito. Com o contato com os presentes na cerimônia, Paulo Henrique conta que conheceu muitas histórias de seu pai e disse estar “impressionado” com o carinho que Fuad recebeu.
“É uma pessoa que vamos sentir falta do exemplo, do conselho, das conversas que ele tem com a gente, da explicação quando é um momento difícil nosso, mas eu acho que ele deixou um legado muito forte”, diz. “A gente fica orgulhoso, na verdade, de tudo que ele conseguiu fazer, todo o legado que ele conseguiu deixar aqui para a cidade, para a vida dele, para os amigos dele aqui. É um dia muito difícil para a gente, mas nos conforta um pouco ver o que está acontecendo aqui.”
Gustavo Fuad Noman conta que o pai era muito próximo da família e o “xodó” dos quatro netos, deixando como lição a união familiar.
“A visão que a gente tem do Fuad é de um pai excepcional, que sempre ajudou a gente em tudo, que apoiava, brigava com a gente quando a gente fazia alguma coisa errada, mas sempre tentando educar, sempre tentando mostrar o que a gente podia fazer de melhor”, compartilha Gustavo.
O filho lembra que o prefeito também teve grande dedicação ao trabalho. Gustavo brinca que, durante o período de internação de Fuad, costumava chamar o vice-prefeito Álvaro Damião para visitá-lo, a fim de animá-lo com o trabalho.
“O legado que ele deixou para a gente é de trabalho. Aprender a fazer as coisas, se entregar às coisas, se você trabalhar, as coisas funcionam. Meu pai veio do nada, vocês conhecem a história dele aqui. Ele deixou uma pressão gigante na gente, que estudou muito mais do que ele, mas não vamos chegar onde ele chegou. É uma pessoa que deixou tudo para a gente, um exemplo fantástico.”
Na conversa com a imprensa, os filhos foram questionados sobre o pedido de privacidade pela família durante a internação de Fuad, considerando que o mesmo era uma figura pública. No período em que o prefeito ficou hospitalizado, havia divulgações diárias em relação à saúde dele. Posteriormente, o hospital reduziu as divulgações para dois boletins semanais e, desde o início de março, os relatórios médicos eram divulgados apenas às segundas-feiras.
Paulo Henrique explica que, durante o tratamento, o prefeito teve altos e baixos e, por ser um cenário incerto, a família optou por dar mais privacidade ao tratamento para “tomar conta” de Fuad “da melhor maneira possível”.
“A privacidade é porque a gente queria cuidar dele, na verdade, esse era o motivo. A gente queria estar com ele com a certeza de que estava tudo certo e não publicar muito o que estava acontecendo.”