O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em um processo de recuperação com algumas restrições após ser submetido a uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução parcial no intestino, no domingo (13 de abril), no hospital DF Star, em Brasília. A laparotomia exploradora ao qual foi submetido é parte de uma série de intervenções realizadas desde a campanha eleitoral de 2018.
Durante o pós-operatório, acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e uma equipe médica especializada, Bolsonaro segue uma dieta exclusivamente venosa, à qual é submetido desde a internação na última sexta-feira (11). A nutrição venosa e fisioterapia são consideradas essenciais para evitar a perda de massa muscular e facilitar a retomada das funções intestinais.
As primeiras 48 horas após a operação são cruciais, conforme informado pelos médicos. Acordado e lúcido, o ex-presidente foi instruído a falar pouco e manter repouso, com visitas limitadas a familiares próximos. Leandro Echenique, cardiologista que acompanha Bolsonaro, descreveu a cirurgia como uma das mais complexas desde o ataque de 2018, mas declarou que, após a operação, o ex-presidente chegou a fazer piadas.
A equipe médica liderada por Cláudio Birolini enfrentou desafios significativos devido às aderências e à necessidade de reconstrução da parede abdominal. "O intestino dele já estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele tinha o quadro de semi oclusão há alguns meses", explicou Birolini.
A previsão é que Bolsonaro fique internado no DF Star por pelo menos duas semanas, recebendo antibióticos preventivamente e continuando com fisioterapia. Boletins diários serão divulgados pelo hospital, com a anuência da família.