Com pautas de costumes avançando na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o líder de governo na Casa, Bruno Miranda (PDT), acredita que as discussões teriam ‘pouca efetividade’ no dia a dia da população da capital. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no canal do YouTube de O Tempo nesta quarta-feira (23 de abril), o vereador defendeu que tais assuntos deveriam ficar em segundo plano diante de propostas estratégicas, como as voltadas para saúde e educação.

Conforme Bruno Miranda, os debates polarizados refletem o cenário eleitoral brasileiro dos últimos anos. Por isso, a tendência é que permaneçam, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. Além disso, a atual legislatura conta com um alto número de representantes da esquerda e da direita, o que faz com que os debates fiquem “mais acalorados”.

“São projetos que, muitas vezes, têm muito pouca efetividade no dia a dia da população, que muitas vezes mexem muito pouco com o nosso dia a dia ou quase nada, mas que geram, para cada grupo, para cada setor ali representado, um debate, uma discussão e que dá visibilidade”, avalia.

O líder de governo espera que o fato de que vereadores de Belo Horizonte venham a se candidatar em 2026 não interfira nos debates da Câmara.

“Se tem um projeto que a prefeitura vai mandar, que seja importante para para habitação, para saúde, para educação, eu acho que essas discussões eleitorais, de costume, de pauta de que cada um defende, têm que ser secundárias. Eu acredito que a Câmara, hoje, tem uma certa maturidade para conseguirmos avançar com a pauta da cidade e cada um que queira fazer o seu debate ideológico, que faça também, porque isso faz parte, mas que não comprometa o andamento das pautas estratégicas da cidade.”

Apesar de discussões do tipo estarem ganhando espaço na Câmara de Belo Horizonte, o vereador avalia que o clima entre os parlamentares tem se mantido estável, com respeito e entendimento até entre os de espectros políticos diferentes. “No dia a dia, temos conseguido uma certa convivência respeitosa. Eu acredito que isso vai se manter.”