As conversas envolvendo uma possível troca de secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais gerou uma “torta de climão” em um grupo de mensagens instantâneas que reúne mais de 900 produtores e apoiadores culturais do Estado. Muitos defenderam a permanência do atual titular da pasta, Leônidas Oliveira, e criticaram o cotado para assumir a cadeira, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), sem saber que ambos integravam o grupo.

Como noticiado pelo Aparte, os rumores da saída de Leônidas têm ganhado força nos bastidores. Isto porque, após uma audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o secretário de Cultura endossou críticas dos parlamentares à inclusão de bens do setor cultural – como o Palácio das Artes em Belo Horizonte – na lista de imóveis que o governo de Minas quer repassar à União para abater a dívida do Estado.

O nome do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio vem sendo cotado para liderar a pasta no lugar de Leônidas. O parlamentar tem histórico no setor e já ocupou o cargo de ministro do Turismo na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O deputado, entretanto, nega que pretende assumir o cargo. Nesta quarta-feira (25 de junho), inclusive, ele enviou uma mensagem no grupo dos produtores esclarecendo este ponto, o que surpreendeu parte dos participantes, já que seu nome vinha sendo citado de forma crítica nas conversas.

Conforme a mensagem encaminhada por Marcelo ao grupo, a qual o Aparte teve acesso, ele diz que “jamais” foi convidado ou “sequer” sondado para o cargo. Ele complementa ainda que, se o convite eventualmente surgir, ele negaria por estar “comprometido” com o mandato de parlamentar em Brasília, onde ele ocupa a presidência da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados.

“Acho natural as manifestações em favor do atual secretário em função do belo trabalho que o mesmo vem realizando à frente da secretaria. Quando saí do MTur (Ministério do Turismo), passei exatamente pela mesma situação, um grande ressentimento das associações”, diz no texto. “No entanto, vejo como desnecessárias algumas críticas em relação ao meu nome. Até porque, se forem relacionadas à competência, graças a Deus conseguimos deixar um grande legado na passagem por dois anos à frente do Ministério do Turismo”, complementa, citando ações que desempenhou quando era titular da pasta de Turismo do governo federal.

Procurado pelo Aparte, Marcelo Álvaro negou que tenha ocorrido um mal-estar no grupo, dizendo que a mensagem tratou-se apenas de esclarecimentos. O secretário de Cultura e Turismo de Minas, Leônidas Oliveira, também foi questionado. Tão logo haja um retorno, esta publicação será atualizada. O espaço segue aberto.