O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez novas criticas ao governo federal e ao presidente Lula (PT) durante abertura da 4ª Semana Mineira de Controle Interno, nesta segunda-feira (19 de maio), na Cidade Administrativa. O governador aproveitou o evento institucional para relembrar escândalos de corrupção que marcaram gestões petistas e fazer comparações com seu governo em Minas Gerais. O encontro, promovido pela Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG), reúne representantes de diversos estados brasileiros para discutir inovação, integridade e uso de Inteligência Artificial na gestão pública.
Apontado por seu partido como pré-candidato à Presidência da República em 2026, Zema tem intensificado sua presença em eventos e nas redes sociais com declarações contrárias ao governo Lula. No discurso de abertura, o governador afirmou que a repetição de escândalos no país demonstra “falta de vontade política” para combater a corrupção.
“Todos se lembram de mensalão, petrolão, Lava Jato e malas de dinheiro. E há pouco tempo, tivemos novamente denúncias envolvendo o INSS. Por que essa novela se repete? É falta de vontade política. E também de dar o exemplo”, declarou.
Zema também criticou o que chamou de “sigilo excessivo” em gestões anteriores. “Determinamos que todas as informações da minha agenda fossem públicas. Não tenho missão secreta”, disse.
Segundo o governador, desde 2019 Minas já firmou seis acordos de leniência que somam mais de R$ 470 milhões em ressarcimentos. “Mais do que discursos e leis, o que o Brasil precisa são bons exemplos. E aqui em Minas temos dado exemplo ao garantir autonomia à Controladoria-Geral e priorizar a transparência”, afirmou.
O vice-governador Mateus Simões também discursou na abertura e elogiou a evolução das práticas de controle interno no Estado. “Há 20 anos, o próprio conceito de controladoria interna era praticamente inexistente em Minas. Hoje, conseguimos avançar com eficiência, sem amarrar o funcionamento da máquina pública”, afirmou.
Já o controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle, destacou o papel do evento como espaço de troca de experiências e capacitação técnica. “Estamos conseguindo reunir mais de dez estados e mais de cinquenta municípios. A importância se dá na capacitação e na difusão de boas práticas em áreas como auditoria interna, transparência, combate à corrupção e integridade”, afirmou.
Fontenelle explicou que a programação inclui mais de 30 palestrantes e 26 oficinas práticas voltadas à formação de servidores. “Minas tem sido referência nacional, mas também estamos aqui para ouvir os outros estados. Temos representantes das cinco regiões do país”, completou.
A 4ª Semana Mineira de Controle Interno segue até sexta-feira (23 de maio), com atividades na Cidade Administrativa de Minas Gerais e no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A programação é gratuita e voltada a servidores públicos, gestores, controladores e representantes da sociedade civil.