O novo bairro que será implantado na área do antigo Aeroporto Carlos Prates deve mesclar moradias de diferentes faixas de renda com comércio, serviços e áreas públicas de lazer. A proposta foi detalhada pelo secretário de Políticas Urbanas de Belo Horizonte, Leonardo Castro, em entrevista ao programa Café com Política, do jornal O TEMPO.

“A ideia do projeto é trazer um mix social diversificado, para que tenha pessoas de todas as faixas de renda, junto de comércios, junto de equipamento público, junto de parque”, explicou o secretário. O objetivo, segundo ele, é construir um espaço urbano completo e funcional, baseado no conceito de cidade multiúso.

Ainda de acordo com Leonardo Castro, a prefeitura já iniciou a construção de dois equipamentos no local: um centro de saúde e uma escola de educação infantil, previstos para setembro, e ambos viabilizados por parcerias público-privadas (PPPs). O próximo passo, agora, é a contratação de consultorias para detalhar como será a ocupação definitiva da área.

“O estudo que vai ser contratado pela Caixa Econômica Federal vai trazer essas soluções, desde o ponto de vista arquitetônico e urbanístico, de como vai ser essa cidade que vai ser criada ali, até a estruturação econômico-financeira, que é quem é que vai pagar essa conta.”, disse. A modelagem do projeto contará com recursos federais da ordem de R$ 7 milhões.

Segundo Leonardo Castro, essa fase de estudos deve durar cerca de um ano e irá definir também se haverá necessidade de ajustes no Plano Diretor, quais os instrumentos legais serão adotados e qual o modelo ideal para implantação, que pode envolver novas PPPs. “Nós estamos discutindo com o Ministério da Gestão a contratação desses estudos para fazer a modelagem”, completou.

Entrevista concedida aos jornalistas Letícia Fontes e Hermano Chiodi