O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu publicamente que existe a possibilidade do vice-governador mineiro Mateus Simões deixar o Partido Novo e se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab. Isso dependeria apenas do andamento de negociações que envolvem, também, o senador Rodrigo Pacheco (PSD), que é o nome da legenda com preferência para disputa estadual.
“O ideal é ter apoio de partidos maiores. Eu reconheço que o Partido Novo é um partido pequeno; tem chances de ganhar, mas é mais difícil. Existe essa possibilidade (Simões ir para o PSD), que depende dele, do Partido Novo e do PSD. Acho difícil (Simões e Pacheco) no mesmo partido. Teria que ter alguns condicionantes tanto por parte do Pacheco quanto do partido”, destacou Zema.
A fala foi feita durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, de São Paulo, na noite desta segunda-feira (25/8). Mateus Simões é o escolhido pelo governador Romeu Zema para ser o seu sucessor no governo mineiro, mas reconheceu que terá que negociar para conseguir formar uma chapa que garanta a união das legendas de direita em Minas Gerais.
“Com toda certeza essa questão será vista no desenrolar da pré-campanha até a data limite. O Simões tem ciência disso e sabe que vai ter que fazer alguma aliança e conduzir esta questão”, concluiu.
Durante o lançamento da pré-candidatura de Romeu Zema à presidência da República, no início de agosto, Simões reforçou que a intenção era continuar no Novo.
Pré-candidatura de Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi oficialmente lançado como pré-candidato à Presidência da República em evento nacional do Partido Novo, no início de agosto (16/8). O anúncio foi feito em São Paulo num evento com a presença das principais lideranças da legenda.
A entrevista ao Roda Viva, na noite desta segunda-feira (25/8), faz parte da estratégia adotada pelos marqueteiros do governador mineiro para nacionalizar o nome de Zema e torná-lo mais conhecido em outras regiões do país.
A candidatura do governador mineiro deve disputar votos no campo da direita, base eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente está inelegível e não poderia disputar a eleição presidencial do próximo ano. Ele é um defensor da ideia de que os partidos de direita devem lançar diversas candidaturas no primeiro turno para conseguir uma base consistente e capaz de fazer frente ao presidente Lula (PT), que pode disputar a reeleição, em um eventual segundo turno.