O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, aproveitou o evento de lançamento do governador Romeu Zema como pré-candidato oficial do Partido Novo à presidência da República para tentar fortalecer seu nome na sucessão ao governo mineiro em 2026. Ele ainda negocia alianças para composição de uma chapa ao governo do estado e avalia que as alternativas que têm surgido no campo da direita não devem permanecer na disputa até o próximo ano.

Em entrevista exclusiva para O TEMPO, Simões disse que nomes como o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do senador Cleitinho (Republicanos) merecem respeito, mas não são o ideal do momento.

“Apesar das pesquisas, eu tenho convicção de que Nikolas é candidato a deputado federal, porque o Brasil precisa dele no Congresso Nacional; e o senador Cleitinho não me parece estar num momento de vida de ir para o Executivo. O perfil dele é um perfil que faz mais sentido no Legislativo. Respeito muito os dois, mas neste momento, a candidatura que nós temos colocada como pré candidatura é a minha”, afirmou.

Cleitinho tem repetido que irá disputar o governo do estado em 2026 e já fez críticas à forma como Simões e o governo estadual têm conduzido as negociações para uma unidade da direita e da centro-direita em Minas. O vice-governador, no entanto, minimizou qualquer atrito e garante que o diálogo com o senador sempre foi positivo.

“Eu converso muito com o senador Cleitinho, porque a minha relação com ele é lá da época em que eu e ele éramos vereadores, nós fomos eleitos no mesmo ano. O irmão dele (Gleidson Azevedo, prefeito de Divinópolis) é do Novo, filiado ao Novo - a gente espera, inclusive, que seja candidato a deputado, pois seria um ótimo deputado federal - e a gente tem tudo para continuar caminhando junto. A unificação da direita em Minas Gerais significaria a continuidade de um projeto que tem dado certo, garantindo uma vitória tranquila, ainda no primeiro turno. Mas é claro que o senador tem direito de colocar o nome dele se ele achar que é o caminho”, destacou.

Em relação ao deputado Nikolas, Simões avalia que tudo depende de qual será a relação com o PL e que isso depende ainda da forma como serão as alianças no cenário nacional.

“As minhas conversas com eles foram muito intensas. Cheguei a conversar com o presidente Bolsonaro, que chegou a dizer publicamente que queria lançar só um candidato ao Senado e que negociaria comigo, com o governador, para identificar que nome seria esse. Mas a maior autoridade política do PL em Minas Gerais é o deputado Nikolas Ferreira. Respeito muito o trabalho dele, converso com alguma frequência com ele. Tenho a convicção de que Nikolas precisa continuar trabalhando no Congresso Nacional; mas é claro que o apoio dele à minha candidatura depende do PL; saber se o partido terá candidato próprio ou se virá conosco e isso depende do cenário nacional”, avalia.

Zema presidente

Em relação à candidatura de Zema à presidência, a aposta de Simões é que o trabalho desempenhado em Minas será a vitrine necessária para atrair os eleitores do restante do Brasil.

“É um governo limpo. Nem um escândalo de corrupção em todo governo, nenhum membro do primeiro escalão sofrer, nenhum processo criminal ou administrativo. Isso é inédito em Minas Gerais. É um exemplo para o Brasil. Eu tenho certeza que essas três coisas (honestidade, organização econômica do estado e obras) mostram que ele é o homem certo para esse momento de conflito que o Brasil vive, que precisa de pacificação, de prosperidade”, concluiu.

Confira a entrevista completa ao jornalista Hédio Ferreira Júnior: