O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) se manifestou sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada nesta segunda-feira (4/8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Corrupção? Rachadinha? Desvio de bilhões? Roubou o INSS? Não. Os filhos postaram conteúdo dele nas redes sociais. Que várzea”, declarou o parlamentar mineiro também através de postagens.

O contato de vídeo feito por Nikolas com o ex-presidente durante as manifestações de domingo (3/8) foi citado por Moraes entre os exemplos de descumprimento das exigências feitas pelo STF para permitir que Bolsonaro aguardasse em liberdade pela conclusão de seu julgamento por participação na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Esses descumprimentos, que incluem o uso de redes sociais, motivaram a prisão domiciliar.

“O motivo, pasmem, é que ele (Jair Bolsonaro) teria utilizado redes sociais de outros para potencializar as manifestações do dia 3 de agosto; como se ele tivesse feito também parte dos ataques ao STF. Agora, espere aí, ele me cita na decisão e veja que interessante: eu falo no dia da manifestação que ele ele (Bolsonaro) não pode falar na nossa democracia, mas que ele pode ver e então ele vê (na vídeo-chamada feita pelo parlamentar). Ele não pode falar, não pode dar entrevista, mas se uma outra pessoa filma ele e posta nas redes sociais  pode ser responsabilizada e ele também”, diz Nikolas.

 

 

No dia 18 do mês passado, o relator dessa ação, Alexandre de Moraes, impôs um pacote de restrições a Jair Bolsonaro, entre elas o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a obrigação de se resguardar em domicílio no período noturno. Três dias depois, Bolsonaro descumpriu as medidas e, no dia 24, recebeu um alerta do Supremo Tribunal Federal.

Em despacho naquela altura, o ministro analisou que o ex-presidente cometeu a irregularidade, mas entendeu que o caráter dela era "isolado", e, portanto, deu a ele uma espécie de segunda chance. Agora, Moraes avaliou que Bolsonaro ignorou e desrespeitou o Supremo Tribunal Federal ao participar das manifestações neste domingo (3/8) por ligações de vídeo e usou das redes sociais de aliados, entre eles o próprio filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para burlar a proibição de acesso às plataformas digitais.

(Com informações de O TEMPO Brasília)