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ALMG: bloco de esquerda fecha apoio unânime a Tadeu Martins Leite

Deputado do MDB é o favorito para substituir Agostinho Patrus (PSD) na presidência da Casa, mesmo sem contar com o apoio do governador Romeu Zema (Novo)

Por Gabriel Ronan e Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 24 de janeiro de 2023 | 11:32
 
 
 
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O nome do deputado estadual Tadeu Martins Leite (MDB) ganhou ainda mais força para presidir a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (24/1). Os 20 parlamentares à esquerda fecharam apoio unânime ao emedebista: 12 do PT, quatro do PV, dois da Rede, um do Psol e outro do PCdoB. Ele também já conta com apoio da bancada do PL, a segunda maior da Casa, com nove políticos; e do PDT, que conta com dois.

O apoio da esquerda vinha sendo costurado há dias e foi fechado nesta terça-feira em uma reunião. Parte dos deputados participaram de maneira remota, enquanto outros se encontraram com Tadeu Martins Leite pessoalmente. "Não queremos extensão do Poder Executivo no poder Legislativo. Queremos construir pontes e diálogos para a prática da melhor política em Minas e manter a independência do parlamento", diz a deputada Leninha (PT).

O líder da minoria, deputado Ulysses Gomes (PT), foi na mesma linha de Leninha. "Um Legislativo forte, com autonomia e capaz de cuidar do povo mineiro como ele merece. É o que defendemos e queremos para Minas Gerais. O Poder Legislativo precisa de ter a sua frente alguém comprometido com o nosso estado e com a fiscalização das ações do Executivo. Estamos muito confiantes de que este é o melhor projeto para o parlamento", escreveu no Instagram.

Para o parlamentar Leleco Pimentel (PT), Tadeuzinho dialogou de "maneira respeitosa" durante as tratativas, o que aproximou a esquerda de sua candidatura. "O bloco apoia a candidatura de Tadeuzinho porque ele constrói junto uma proposta. Não como vem fazendo Zema, que apresenta candidatos para destruir um candidato que constrói com todos dialogando. Por isso, é importante que o fortalecimento dessa candidatura seja  a autonomia deste poder, que é o poder mais ligado ao povo", diz.

Tadeuzinho, como é conhecido pelos colegas, carrega o favoritismo na disputa que acontece em fevereiro por ser visto como conciliador, diante do diálogo aberto com os diferentes blocos da Casa. Pela proximidade com o atual presidente Agostinho Patrus (PSD), o nome do MDB não é visto com os melhores olhos pelo governo Romeu Zema (Novo), que tentou emplacar Roberto Andrade (Patri), fora da disputa desde sábado (21/1). 

O governo aposta, agora, no deputado estadual Duarte Bechir (PSD). Uma reunião acontece nesta terça no partido para tentar solidificar a candidatura de Bechir, que é bastante próximo ao governo. O problema é que parte do próprio PSD prefere o nome de Tadeuzinho, como mostrou a reportagem nessa segunda-feira (23/1). Não há consenso sequer dentro da sigla. 

O apoio do bloco de esquerda já era esperado, mas ainda não era oficial. Houve discussões, sobretudo dentro do PT, para optar pelo voto em branco, diante da falta de espaço dado à esquerda na Casa, mesmo com os Trabalhadores tendo a maior bancada. Porém, um parlamentar do próprio partido negou a O TEMPO, nessa segunda, que essa possibilidade ainda era discutida internamente. 

Tadeuzinho conta, agora, com os votos dos seguintes deputados: Ana Paula Siqueira (Rede); Andréia de Jesus (PT); Beatriz Cerqueira (PT); Bella Gonçalves (Psol); Betão (PT); Betinho Pinto Coelho (PV); Celinho Sintrocel (PCdoB); Cristiano Silveira (PT); Dr. Jean Freire (PT); Leleco Pimentel (PT); Leninha (PT); Lohanna França (PV); Lucas Lasmar (Rede); Luizinho (PT); Macaé Evaristo (PT); Mário Henrique Caixa (PV); Marquinho Lemos (PT); Professor Cleiton (PV); Ricardo Campos (PT); e Ulysses Gomes (PT).

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