O ex-prefeito petista de Coronel Fabriciano, Chico Simões (2005-2012), rebateu as acusações de que o rombo de R$ 37 milhões no Instituto de Previdência de Coronel Fabriciano (Prevcel), apurado por estudo contratado por licitação pelo Executivo municipal, tenha se originado em sua gestão. A matéria foi publicada na edição de ontem do Aparte. Simões argumentou que o rombo, na verdade é um déficit que teve origem ainda na criação do Instituto, em 2002, por seu antecessor. 

“A dívida surgiu na origem do Prevcel, na gestão do meu antecessor, Paulo Antunes (MDB). Na época o prefeito não contribuiu para a Previdência. Além disso, trouxe para o instituto servidores que contribuíram a vida inteira para o regime geral. Não é fácil fazer o acerto de contas, tirar dinheiro do regime geral. Dessa forma, o tempo de contribuição contou para os servidores, mas o dinheiro não veio”, afirmou. 

Simões citou ainda a existência de um relatório, elaborado pela Caixa, que já havia identificado os débitos. “A dívida é muito maior do que R$ 37 milhões e foi herdada por nós. Quando identificamos, também optamos por fazer a amortização da dívida para conseguir pagar os aposentados. Fizemos religiosamente, porém é um problema que leva tempo para resolver, a nossa previsão era de só ser solucionado em 2094”, afirmou. O ex-prefeito também apresentou documentos que comprovam que, ao contrário do que é dito pela atual administração, o Certificado de Regularidade Previdenciária esteve vigente até junho de 2017.