Após afirmar nesta terça-feira (22/8) que, em vez da privatização, a federalização da Cemig e da Copasa daria maior receita ao Estado de Minas Gerais, o líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), João Magalhães (MDB), veio a público para reafirmar o alinhamento ao governador Romeu Zema (Novo).

Em nota, Magalhães diz que "as declarações não refletiram com precisão a minha posição sobre o tema". "Inclusive, já tendo manifestado meu posicionamento contrário em outras entrevistas", completa o deputado, que assumiu a liderança de governo recentemente, quando o então líder Gustavo Valadares (PMN) foi para a Secretaria de Governo. 

De acordo com Magalhães, ao citar a federalização, a intenção seria "mostrar uma pluralidade de conversas na ALMG". "Enquanto líder do governo na Casa, reafirmo minha defesa das posições do governo do Estado quanto ao interesse público e com a busca por alternativas que garantem a eficiência e a sustentabilidade das empresas estatais, sempre considerando o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento econômico do nosso estado", concluiu o deputado.

As declarações de Magalhães ocorreram um dia após o governo Zema encaminhar à ALMG a proposta de Emenda à Constituição (PEC) para pôr fim à exigência constitucional de realizar um referendo popular para privatizar a Cemig ou a Copasa. A pauta, defendida desde o primeiro mandato de Zema, é tratada como uma das prioritárias do Palácio Tiradentes durante o 2° semestre na ALMG.

Pouco depois, também em nota, o governo Zema afirmou que a federalização não levaria à “melhoria da administração das companhias, que hoje se encontram engessadas pelas amarras burocráticas do Estado”. “Com a desestatização, haverá mais eficiência na gestão e será possível melhorar a entrega de serviços de qualidade aos mineiros. (...) Esse objetivo será alcançado com amplo diálogo e respeito com a Assembleia Legislativa, e contará com a interlocução do nosso líder de governo, João Magalhães, ao qual estamos totalmente alinhados”, concluiu.