O porta-voz da REDE Sustentabilidade e ex-vice prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, afirmou que a cidade Belo Horizonte não pode ser iludida com “uma candidatura que, por vezes, não virá”. A declaração vem em meio à disputa política interna na legenda presidida por ele no estado e a sua ex-aliada, a deputada estadual Ana Paula Siqueira (REDE). Ambos apresentaram pré-candidaturas à PBH neste ano.
A REDE está em uma federação com o PSOL e, por isso, as legendas precisam definir, em conjunto, o nome a ser lançado formalmente pelo grupo. “As candidaturas da REDE não estão descartadas. As regras do jogo têm que ser consideradas e nós não podemos iludir a população. Dessas três candidaturas, apenas uma vai prevalecer por força das regras do jogo”, afirmou.
A regra que rege a federação REDE-PSOL determina o número de membros do diretório municipal ocupado por cada legenda. O critério de votação de deputados estaduais, federais e vereadores nos últimos pleitos é levado em conta. Por isso, Segundo Lamac, na próxima terça-feira, dia 26, a nova direção de BH terá 4 membros do PSOL e 3 da REDE. Na prática, os paulistas terão a decisão final sobre o nome escolhido para concorrer à PBH, que deve ser o da deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL).
“É fato que o PSOL tem maioria. Se for uma decisão do PSOL eles têm como exercer essa maioria. Esperamos que isso seja feito de maneira dialogada, construída, mas não há como desconsiderar a prevalência do PSOL”, vaticinou o porta-voz da REDE.
O pano de fundo da disputa em BH é parte da divisão interna da REDE no plano nacional. Desde a eleição de 2022, o partido se dividiu entre quem gostaria de se juntar politicamente à candidatura de Lula e quem era contrário a essa posição. Desde então, há posições contrárias em alguns estados na escolha de pré-candidatos.