PRESIDENTE DA AMM

Bizarro acredita que prefeitos não tentarão reeleição por limitações fiscais

Presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) afirmou que realidade atual é pior que das eleições passadas, que aconteceram durante a pandemia

Por O TEMPO
Publicado em 13 de outubro de 2023 | 10:41
 
 
 
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O prefeito de Coronel Fabriciano e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Marcos Vinícius Bizarro (sem partido), disse, na manhã desta sexta-feira (13/10), que acredita que prefeitos mineiros não vão tentar a reeleição nas eleições do ano que vem por conta das dificuldades fiscais. Apesar da declaração, ele não citou nomes.

“Eu acredito que sim (alguns abrirão mão da reeleição). Administrar sem recurso financeiro é muito difícil, porque o cidadão não bate lá no Palácio do Planalto, não bate na porta do governador Zema (Novo). Ele bate na porta da prefeitura”, afirmou Bizarro ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7.

O presidente da AMM também disse que há um problema judicial que atrapalha as prefeituras mineiras. “Cada vez mais, os municípios estão sendo judicializados por problemas que não são deles. O Judiciário, na hora de julgar os municípios, usa como defesa a questão do pacto federativo. Mas, ele não tem a coragem, a efetividade, de cobrar o governo do Estado e muito menos a União”, disse Marcos Vinícius Bizarro.

O prefeito de Coronel Fabriciano também declarou que o quadro atual dos caixas das prefeituras é pior do que o encontrado após as eleições passadas, ocorridas durante a pandemia da covid-19. “Eu acredito que quem vai entrar vai pegar uma realidade completamente diferente daquela que nós pegamos em 2021, quando começamos o nosso segundo mandato (em Coronel Fabriciano). A economia estava galopante, nós não precisávamos ir a Brasília, porque os recursos chegavam aqui no município. A gente conseguia executar o orçamento planejado, inclusive com superávit. Agora, quem for entrar vai ter que trabalhar muito com gestão e planejamento orçamentário”, disse. 

Ele também voltou a criticar a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançada pelo governo do presidente Lula (PT). Segundo ele, o PAC vai trazer mais dívidas do que vantagens às cidades, apesar das inúmeras obras financiadas com o mecanismo, como os viadutos do Anel Rodoviário da região metropolitana de Belo Horizonte. “Lembrando que o governo federal está preparando o famoso PAC: 80% dele não é orçamento geral da União, que é 0800, você não precisa pagar. O governo federal está preparando para os municípios, num momento de crise, empréstimos bancários com juros altos, não praticados no mercado comum”, garantiu Marcos Vinícius Bizarro.

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