O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu passar o próximo dia 8 de janeiro, data em que se relembra um ano dos atos que atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma casa de praia em Angra dos Reis (RJ).
O dia será marcado por um ato simbólico, no Congresso Nacional, que reunirá os chefes dos Três Poderes, além de outras autoridades em nível federal, estadual e municipal.
Bolsonaro reside em Brasília, onde dá expediente na sede de seu partido, o PL, do qual ocupa o cargo de presidente de honra. Porém, desde o fim de 2023, está longe da capital. Ele passou o fim de ano em São Miguel dos Milagres (AL), foi para o Rio de Janeiro e seguirá no fim de semana para Angra. Ele deve passar mais algumas semanas no estado.
Jair Bolsonaro é investigado por supostamente ter incitado os invasores do dia 8 de janeiro de 2023. Ele já chegou a prestar depoimento à Polícia Federal no Âmbito do caso.
O relatório da CPMI do 8 de Janeiro, aprovado em outubro no Congresso Nacional, aponta o ex-mandatário como “autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou no dia 8 de janeiro de 2023”. O documento pede o indiciamento dele e de assessores, como oficiais do Exército que ocuparam cargos de confiança no governo passado.
Segundo o parecer, Bolsonaro e auxiliares visavam um golpe de Estado para se manterem no poder. Por isso, sugere o indiciamento do ex-presidente por prática dolosa (intencional) nos seguintes crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Juntas, as penas somam 29 anos.