Candidatos ao Senado em Minas ficam mais conhecidos, mas votação não se altera

Os pré-candidatos ao Senado por Minas Gerais Cleitinho Azevedo (PSC), Marcelo Álvaro Antônio (PL), Alexandre Silveira (PSD) e Marcelo Aro (PP) conseguiram se tornar mais conhecidos entre o eleitorado nos últimos três meses, de acordo com a mais recente pesquisa DATATEMPO. 

Ao mesmo tempo, ser mais conhecido não se traduziu em aumento na intenção de votos desses candidatos, que não variaram fora da margem de erro na comparação com a pesquisa de junho.  

Apesar da melhora no conhecimento, todos os candidatos ainda são desconhecidos de mais da metade da população. A exceção é Aécio Neves (PSDB), ex-governador e ex-senador. Apenas 7,8% dos entrevistados disseram não o conhecer o suficiente para dizer se votariam ou não nele. Atualmente, ele lidera as intenções de voto para o Senado. 

Cleitinho Azevedo (PSC) era desconhecido por 70,5% dos entrevistados na rodada da DATATEMPO em abril. Agora, esse percentual é de 54,4%. A queda registrada foi de 16,1 pontos percentuais (p.p.). 

Ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PL) também registrou diminuição semelhante. A taxa de desconhecimento dele era de 77,9% há três meses e, atualmente, é de 62,1%, uma variação de 15,8 p.p. Atual senador, Alexandre Silveira (PSD) saiu de 76,3% para 60,8%, e Marcelo Aro (PP), de 78% para 64,1%. 

“É possível que uma série de fatores tenha impactado a queda dos percentuais de desconhecimento dos candidatos ao Senado como, por exemplo, as atividades de pré-campanha e maior circulação dos seus nomes nas mídias e bases locais”, diz a analista da DATATEMPO, Bruna Assis. 

Cada pré-candidato tem uma estratégia distinta para se tornar mais conhecido e conquistar votos. Cleitinho aposta nas redes sociais, enquanto Alexandre Silveira (PSD) tenta colar seu nome ao do ex-presidente Lula (PT), e Marcelo Álvaro Antônio busca fazer o mesmo com o presidente Jair Bolsonaro (PL).  

Já a aposta de Marcelo Aro (PP) é ser o candidato na chapa do governador Romeu Zema (Novo), que lidera as pesquisas para a reeleição. Ainda há tempo para mudanças na disputa para senador. “Os votos para cargos legislativos tendem a se consolidar mais próximo à reta final da disputa”, explicou Assis.