O prefeito de Rio Acima, Felipe Gonçalves (PDT), afirmou que as cidades na margem do Rio das Velhas tem sofrido com alagamentos nos últimos anos e querem receber recursos do Acordo da Vale para fazer o desassoreamento da calha do rio e prevenir desastres no período das chuvas.
O prefeito afirmou que cidades como Sabará, Raposos, Santa Luzia e Rio Acima já começaram as negociações para ter acesso aos recursos. “Solicitamos ao Ministério Público que esse trabalho (desassoreamento do rio) fosse incluído no Acordo da Vale e esperamos que nós, municípios cortados pelo Rio das Velhas tenhamos esse pedido atendido”, diz.
Felipe Gonçalves foi o entrevistado do quadro Café com Política na FM O TEMPO 91,7, comandado pelos jornalistas Guilherme Ibraim e Thalita Marinho nesta sexta-feira (18). Comentou que as tragédias percebidas em 2021 e 2022 na cidade deixaram marcas e têm forçado a cidade a buscar parcerias.
“Quando a gente se depara com a situação, entra em estado de desespero. Tem que ter a cabeça no lugar para dominar, controlar e resolver o que está acontecendo ali. Fomos até o governo do Estado, fomos até a Vale, ao Ministério Público, ao governo federal; a busca é incessante para conseguir alguma forma de parceria e fazer os serviços, que muitas vezes resolvem o problema temporariamente. A solução definitiva seria a construção de barragens para controle de vazão”, afirma.
Felipie Gonçalves afirma que com exceção de Itabirito e Nova Lima, que tem orçamentos maiores, as outras cidades da região não tem condições de bancar as obras necessárias com recursos próprios e tem se limitado a investir e qualificar a Defesa Civil de cada município.
O prefeito ainda listou obras em andamento consideradas prioritárias para a cidade e que serão mantidas mesmo sem a chegada de novos recursos.
“Algumas obras de infraestrutura essenciais, como a duplicação da ponte no centro da cidade, já estão sendo concluídas. Temos construção de vias e praças e o início de uma obra para construção de um Mercado Municipal, que será um grande atrativo para o turismo e economia local”, afirma.