Com Aécio ao Senado, aliança PDT e PSDB/Cidadania fica difícil, diz Heringer

O deputado federal e presidente estadual do PDT, Mário Heringer, disse nesta quarta-feira (27) que se o deputado federal Aécio Neves (PSDB) for candidato ao Senado, a concretização da aliança entre PDT e a federação PSDB e Cidadania em Minas se torna mais improvável.

Heringer afirmou que o interesse do PDT para firmar esta aliança é emplacar o vereador Bruno Miranda (PDT) como candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo pré-candidato ao governo estadual Marcus Pestana (PSDB). O nome para a vice ainda é indefinido.

"Para o PDT, a aliança só interessa se tivermos o Bruno (Miranda) para o Senado. Fora isso não faria sentido uma composição", afirmou Heringer a O TEMPO, em entrevista por telefone.

Ao PDT não interessa a posição de vice de Pestana na chapa porque isso não se traduziria em espaço para o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), na TV e no rádio no Horário Eleitoral de Propaganda Gratuita, em Minas.

Com Bruno Miranda ao Senado na chapa, uma aliança com PSDB/Cidadania renderia tempo de rádio e TV para Ciro Gomes no Estado. E é justamente esta a razão da composição em negociação entre as legendas.

"Se não for assim, complica. É um cenário que a executiva nacional do PDT não iria aceitar", explicou Heringer.

O presidente estadual do PDT esclarece que não participou presencialmente nem por videochamada da reunião na casa de Aécio, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte.

"Conversei com o Aécio por telefone, sim, mas não tratamos dessa possibilidade que não nos interessa. Nem tenho autonomia para isso. É um assunto que cabe à executiva nacional do PDT", disse o deputado federal.