O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que sua candidatura à presidência da República está mantida. A confirmação veio após o presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire, dizer que a candidatura “não se sustenta”.
Em entrevista ao site O Antagonista, Roberto Freire afirmou que o foco do partido neste momento é constituir uma federação partidária com o PSDB ou o Podemos. Ambos também já lançaram pré-candidatos ao Planalto - respectivamente o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-juiz Sergio Moro.
A declaração desagradou a Alessandro Vieira, que fez críticas diretas a Roberto Freire.
"Roberto Freire passou tanto tempo sentado na presidência do Cidadania que passou a confundir sua opinião pessoal com a decisão do partido.
A possibilidade de federação sequer foi votada pelo Diretório Nacional e a decisão unânime da Executiva pela pré candidatura está mantida. Respeito qualquer decisão colegiada, mas não o arbítrio.
O Brasil precisa de renovação, com capacidade de diálogo e construção.Chega desse contínuo museu de grandes novidades", disse, em nota, o senador.
Porém, Roberto Freire, que comanda o partido desde a fundação, vê como os nomes mais viáveis da chamada terceira via Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro e João Doria. Nas pesquisas de intenção de voto, os três apresentam, em média, de 4% a 10% dos votos. Já Alessandro Vieira vem alcançando no máximo 1%.
Também estão entre os possíveis postulantes à terceira via o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a senadora Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e André Janones (Avante). Todos tentam quebrar a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Planalto.
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