O líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta segunda-feira (22) que o "ativismo político do Judiciário precisa ser contido". A declaração de Barros ocorreu durante entrevista ao programa "Amarelas On Air", da revista Veja.
Ao ser perguntado sobre o formato da PEC dos Precatórios, com teto para pagamento dos precatórios, parcelamento previdenciário de municípios e modificação no cálculo do teto de gastos, Barros sugeriu que o Judiciário precisa parar com ativismo político.
"Nós estamos atrasados com o Auxílio Brasil. Já era para ter implantado desde o começo do governo. Anunciamos no ano passado precatórios como fontes do Auxílio Brasil. Houve um recuo em usar fonte precatórios para o auxílio. Este ano, vai acontecer. Lá em 2016, eram R$ 13 bilhões (de precatórios), ano passado, R$ 45 bilhões. Este ano R$ 89 bilhões. Quanto vai ser ano que vem? R$ 200 (bilhões). Então não vai ter mais programa social, infraestrutura no governo? Só precatório? O ativismo político do Judiciário precisa ser contido. Vem crescendo essa conta para o governo pagar. São processos de 30 anos. Por que estão desaguando agora? Talvez, para inviabilizar o governo de executar suas ações previstas e mudar o governo, porque o Bolsonaro ataca o STF, então vamos tirar ele daí", disse Barros.
Na sequência, o líder do governo na Câmara dos Deputados classificou esse conflito como "lamentável".
"O Poder Judiciário deveria ficar no seu papel de poder harmônico, independente, a serviço da Nação. E não todo ativismo político que tomou, tanto no STF, tanto no TSE", afirmou Barros.
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