CPI da Covid-19

Aziz diz que Queiroga é 'Pazuello de bata' e quer ouvir Conitec

Presidente da CPI cogita fazer reunião virtual para aprovar convocação de Carlos Carvalho

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 11 de outubro de 2021 | 20:39
 
 
 
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O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é um 'Pazuello de bata', que só diz 'sim senhor' e 'não senhor' ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo ele, a CPI não pode acabar sem, antes de ouvir o ministro, ouvir também um representantes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), para saber por qual motivo o colegiado não deu um parecer sobre o uso do chamado tratamento precoce. Aziz afirma que terá uma reunião com senadores amanhã e que pode marcar um encontro virtual da comissão para aprovar a convocação de Carlos Carvalho, coordenador de um estudo sobre o 'kit Covid', que teve apresentação adiada de forma surpreendente na última semana.

"A CPI não pode fechar sem ouvir a Conitec", disse Marcelo Queiroga em entrevista à "CNN Brasil".

Segundo ele, após o ministro repetir na CPI que não daria sua posição sobre o Kit Covid sem ouvir a Conitec, a comissão adiou repetidamente sua definição. Estudos científicos por todo o mundo indicam que o tratamento não tem nenhuma eficácia no tratamento da doença.

'Passaram-se alguns meses. A Conitec tem o dever, a obrigação, e não a omissão, de dar o parecer sobre esses medicamentos que não estão comprovados cientificamente. Veja o que está acontecendo com a Prevent Senior, com outras instituições que utilizaram esse medicamento. O governo federal, e não só o governo, mas a Conitec, são responsáveis por dar esse parecer. E quando o doutor Carlos Carvalho foi convidado para fazer uma análise e estava com esse relatório pronto, e do nada, com uma explicação mais esdrúxula (adiou). (Dizendo que) apareceu um estudo nao sei aonde. Só se for na lua, pois se você conversar com qualquer pessoa há vários meses o pensamento é o mesmo em relação ao tratamento precoce: é um engodo, uma mentira, uma enganação", disse.

Sobre Queiroga, ele afirmou que o ministro não teria poder de decisão e apenas obedece o presidente da República, assim como fazia o ex-ministro Eduardo Pazuello, que deixou o cargo para a entrada do médico cardiologista. "O Queiroga eu já disse: ele é um Pazuello de bata branca. Pazuello veste a farda e ele tem uma bata. Ele diz para presidente: 'Não, senhor', 'Sim, senhor'. Um manda e o outro obedece", completou, dizendo que não espera que o ministro da Saúde mude sua posição no terceiro depoimento à comissão na próxima segunda-feira.

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