Parlamentares bolsonaristas pretendem acionar o Ministério dos Direitos Humanos e a Defensoria Pública da União para pedir o monitoramento da situação dos presos após os atos golpistas do último domingo (8), em Brasília.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirma que falta água e comida para os detidos pela Polícia Federal. Ao lado de outros deputados, como Carlos Jordy (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF), ela pede que sejam dadas as “condições básicas” para esses manifestantes.
Após ações de vandalismo e destruição do patrimônio público contra os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, centenas de pessoas foram presas já no domingo. Nesta segunda-feira (9), após o desmonte do acampamento bolsonarista no QG do Exército, outras 1,2 mil foram detidas.
Já o deputado mineiro Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) enviou um ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pedindo a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar as prisões realizadas após os atos.
“A fim de evitar arbitrariedades sobretudo contra aqueles que se manifestam de forma pacífica”, diz o documento.
O parlamentar, que foi ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro, acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça, Flávio Dino, a “acenar ao autoritarismo” após terem estimado penas de até 20 anos de prisão para os golpistas.
Pedi Comissão Parlamentar para evitar arbitrariedades do Governo Lula. Querem usar um lamentável fato para perseguir opositores. Não vamos nos omitir!!! pic.twitter.com/swFuwAJG81
— Marcelo Álvaro Antônio (@Marceloalvaroan) January 9, 2023
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