Investigação

CPI da Covid: Sócio da VTCLog depõe nesta terça-feira

VTCLog presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, quando o ministro era o atual deputado Ricardo Barros (PP-PR).Senadores investigam se houve irregularidade nos contratos entre a empresa e o governo, inclusive para a distribuição de vacinas

Por Equipe de Brasília
Publicado em 04 de outubro de 2021 | 08:26
 
 
 
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Sócio da empresa de logística VTCLog, Raimundo Nonato Brasil é o próximo a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O depoimento dele está marcado para terça-feira (5).

A VTCLog presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, durante o governo Michel Temer, quando o ministro era o atual deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara.

Os parlamentares estão investigando se houve irregularidade nos contratos entre a empresa e o governo, inclusive para a distribuição das vacinas contra a covid-19.

A CPI apura denúncias envolvendo o Departamento de Logística da pasta e o seu ex-diretor Roberto Ferreira Dias e tem informações que o conectam com sócios da VTCLog. 

Reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, colocou sob suspeita um aditivo contratual firmado entre a União e a empresa. 

De acordo com a reportagem, Roberto Ferreira Dias ignorou parecer da consultoria jurídica, apontando que o aditivo poderia se mostrar desvantajoso para a administração pública, com caracterização de sobrepreço. A análise recomendou ainda que a área técnica avaliasse outras alternativas, inclusive a rescisão contratual e a realização de novo procedimento licitatório. 

Em agosto, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a CPI aprovou a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático de Raimundo Nonato.

Ao justificar o requerimento, o senador lembrou que a decisão de contratar a VTCLog, a partir de 2018, deu-se depois que o então ministro Ricardo Barros decidiu fechar, no Rio de Janeiro, a Central Nacional de Armazenagem e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi), que era diretamente subordinada ao governo e responsável pela logística há mais de duas décadas.

"A antiga Cenadi tinha dependências próprias sem custo, dentro do departamento de suprimento do Exército, na Zona Norte do Rio, em local próximo à Fiocruz, uma das maiores fornecedoras de insumos do Brasil. A contratação da VTCLog sofreu diversas críticas de funcionários do Ministério da Saúde", explicou o senador. 

 

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