SUSPEITO DE RACHADINHA

Fabrício Queiroz diz que quer ser candidato a deputado federal

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Queiroz é acusado de operar suposto esquema das rachadinhas

Por Levy Guimarães
Publicado em 18 de janeiro de 2022 | 19:58
 
 
 
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Suspeito de ter sido o operador do caso das “rachadinhas” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-assessor Fabrício Queiroz disse que pensa em ser candidato a deputado federal, pelo Rio de Janeiro, nas eleições deste ano.

Em entrevista à CNN Brasil, Queiroz afirmou que pretende se candidatar pelo PTB, partido que tem como principal liderança o ex-deputado Roberto Jefferson, condenado no Mensalão e apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Ele se classificou como um “grande admirador de Roberto Jefferson”, que se afastou da presidência do PTB e segue preso em Bangu (RJ).

Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter sido pivô de um esquema que desviava parte dos salários de funcionários lotados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, no Rio. A prática é conhecida como “rachadinha”.

O ex-assessor chegou a ser preso em julho de 2020, acusado de agir para atrapalhar as investigações do caso. Mas foi solto em março de 2021, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já em novembro, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou parte das provas que poderiam ser utilizadas contra Queiroz e os outros acusados, como o próprio Flávio Bolsonaro.

Na entrevista concedida nesta terça (18), Fabrício Queiroz disse que as acusações não seriam um obstáculo para que ele concorra.

“Não tenho nenhum impedimento para concorrer. Sou investigado como várias pessoas são, várias que inclusive estão ocupando cargos no momento”.

Fabrício Queiroz ainda destacou que não cogita ser candidato pelo PL, partido que passou a abrigar o presidente Jair Bolsonaro e que deve ter a filiação de outros aliados do governo na próxima janela partidária.

“Não quero ser usado para dar problema para ele, vou ser usado para darem porrada nele. O PL é do presidente”, afirmou.

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