O deputado federal e presidente do PDT em Minas, Mário Heringer, disse que vai conversar com ex-deputado federal Miguel Corrêa, pré-candidato a governador pelo partido, para ele retirar seu nome da disputa. O motivo seria a recente condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso do poder econômico na campanha ao Senado, em 2018. Apesar de Corrêa ter dito que vai recorrer da decisão, Mário Heringer considera que a situação seja irreversível.
"Não dá para dizer que a realidade não se impõe. Essa questão dos tribunais pegou a gente de surpresa. Em resumo, o que os advogados dizem com toda clareza é que é uma situação difícil de reverter", afirmou Heringer durante entrevista para o Café com Política, do programa Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta segunda-feira (11).
Com a saída de Corrêa da disputa, o PDT em Minas vai conversar com outros partidos a fim de consolidar um palanque para o pré-candidato à presidência Ciro Gomes no estado. Num primeiro momento, a ideia é construir uma aliança com o PSDB em Minas, com o PDT aderindo à chapa encabeçada pelo ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB) ao governo.
Mário Heringer disse, ainda, que o partido vai reivindicar a vaga ao Senado, pois Ciro Gomes precisa de palanque e tempo de rádio e TV. Segundo o presidente do PDT, candidatos a vice-governador 'não aparecem e não pedem voto'. Já os candidatos a senadores, por exemplo, vão ter espaço às segundas, quartas e sextas-feiras durante o horário eleitoral gratuito. “Se o partido tiver um candidato a senador, Ciro poderia participar dos programas ao seu lado", argumentou Heringer.
A estratégia seria fazer o mesmo que foi feito pelo PDT nas eleições de 2018, quando o ex-deputado estadual Fábio Cherem foi candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes, para dar palanque a Ciro.