Café com Política

Fuad sobre passagem de ônibus: “Nunca será R$ 7, não somos loucos”

Prefeito de Belo Horizonte voltou a descartar o cálculo feito pelo presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, e disse que valor deve ser definido até o fim deste mês

Por Clarisse Souza
Publicado em 12 de dezembro de 2023 | 11:18
 
 
 
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O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), voltou a negar, nesta terça-feira (12), que o preço das passagens de ônibus possam chegar a R$ 7 na capital mineira. A possibilidade vem sendo levantada pelo presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido), sob o argumento de que o repasse do subsídio às concessionárias de ônibus no ano que vem será 23% menor do que no ano passado, o que poderia elevar o valor do bilhete. 

A previsão da prefeitura é destinar R$ 392 milhões do Orçamento ao subsídio para as empresas de ônibus. O montante representa 34,2% de todo o recurso destinado para mobilidade. Há dois cenários projetados em relação a preço de passagem para os ônibus em 2024. A previsão feita pelo Executivo leva em conta, para o custo do sistema, uma tarifa de referência, se mantendo a R$ 4,50, e outra, aumentando para R$ 5.

Veja a entrevista completa com Fuad Noman

“A única coisa que posso garantir à população é que nunca será R$ 7. Jamais vamos fazer um aumento desse, nós não somos loucos”, declarou Fuad, em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO. O prefeito explicou que ainda não há como garantir qual será o preço final da passagem, uma vez que o custo do sistema para 2024 ainda não foi fechado. “Com relação às passagens, é preciso entender que o modelo estabelecido na lei prevê uma planilha de custos do sistema, que define o valor que pagaremos por quilômetro rodado. Desse valor você tira o preço da passagem. Sobra um percentual. Esse valor é a complementação da passagem da prefeitura. Enquanto eu não tiver essa planilha de custos fechada para o ano, não tenho condições de saber qual é o custo real do sistema”. Segundo o prefeito, porém, a estimativa é que os novos valores sejam definidos ainda neste mês de dezembro. 

O prefeito ainda defendeu que o serviço de transporte público tem melhorado desde que a prefeitura passou destinar recursos para o subsídio e não descartou a possibilidade de ampliar os repasses, que chegaram a R$ 512 milhões em 2023. “Pode ser necessário fazer aporte maior (do subsídio). Nós vamos verificar a capacidade orçamentária de fazer isso.  Se tiver capacidade, vamos fazer, se não, a gente vai ter que rever como vamos enfrentar essa questão. Não existe limite, não existe teto, porque os custos do sistema de transporte oscilam. Tivemos, no ano passado, um crescimento do (preço) do diesel, mas agora no fim do ano já tivemos redução. Por outro lado, tivemos aumento (no valor) de veículos. Também há os salários. Tudo isso tem que ser medido e pesado”, esclareceu.

 

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