BRASÍLIA - O ex-ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PL) Gilson Machado Neto decidiu tomar um “banho” na pia de um banheiro do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, no Maranhão. A cena foi gravada aparentemente por um assessor na madrugada deste domingo (23), quando ele deixava a cidade com destino a Recife e publicada nas redes sociais do político, que também é sanfoneiro e filiado ao Partido Liberal.  

No vídeo, o aliado de primeira ordem de Bolsonaro, que participava de lives do ex-presidente no Palácio da Alvorada, aparece só de calça e sem camisa molhando o rosto e o tórax com a água da torneira. Um homem aparece urinando no mictório ao lado da pia. O músico, que é pré-candidato a prefeito de Recife, comenta que saía de um show com destino a Recife e tomava o “banho na pia” por estar “só o pó” e “todo suado”. Ele então se seca com papéis toalhas, que são descartados no chão do banheiro. 

“Acabou o show agora à (sic) pouco, já no aeroporto de São Luís do Maranhão. Nosso vôo (sic) é daqui a pouco. Quando não dá tempo de tomar um chuveiro, uma boa PIA RESOLVE. Daqui a pouco em Caruaru”, escreveu ele na postagem com pelo menos 10 mil curtidas até a publicação dessa reportagem.

Na sanfona 

Gilson Machado é sanfoneiro da banda Brucelose e se apresenta como vetenirário e produtor rural, além de músico e político. Foi ministro do Turismo e da Cultura entre 9 de dezembro de 2020 e 31 de março de 2022, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado por Pernambuco. 

Também foi presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) por dois períodos: entre maio de 2019 e dezembro de 2020 e novamente entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, quando regressou ao governo após ser derrotado nas eleições.

Assim como Bolsonaro, Gilson plantou polêmicas por comentários e atitudes durante sua passagem pelo governo. Em uma delas, aparece ao lado do apresentador Sikêra Júnior e do ex-presidente posando para uma foto com uma placa escrito "CPF cancelado". A expressão é utilizada para se referir a mortos em confronto com policiais no Brasil.