BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou um acordo de cooperação com os Emirados Árabes Unidos para a exploração de minerais estratégicos para a transição energética, em Abu Dhabi, capital do país asiático. Os investimentos podem chegar a R$ 15 bilhões, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Entre os minerais considerados estratégicos estão lítio, nióbio e silício, entre outros. Os recursos poderão ser aplicados em áreas como pesquisa mineral, processamento, comercialização, transferência de tecnologia e capacitação de mão de obra.
O acordo foi assinado na forma de um memorando, que mira a aproximação de agências governamentais, autoridades reguladoras e empresas dos dois países, o que incluiria pequenas e médias empresas e startups, de acordo com o governo.
A expectativa do ministério é que a parceria envolva investimentos em projetos específicos de exploração, extração, processamento, refino e comercialização mineral, além de transferência de tecnologia e melhoria de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Também pode englobar treinamento de pessoal, possíveis incentivos para investimentos e troca de informações e colaboração em pesquisa, entre outros aspectos.
Hoje, o Brasil é o maior produtor de nióbio do mundo. Dados do governo apontam que 75% da produção mundial é feita pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), instalada em Araxá (MG).
Na excursão pelo Oriente Médio, Alexandre Silveira também anunciou que irá retomar a adesão do Brasil à Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), que possui 170 países-membros. O processo havia sido interrompido pelo governo Jair Bolsonaro. Na viagem, o ministro ainda segue para a Arábia Saudita.