BRASÍLIA - A assistente social Márcia Helena Carvalho Lopes, 67 anos, toma posse nesta segunda-feira (5) como a nova ministra das Mulheres do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ela substituirá Cida Gonçalves, que foi demitida pelo presidente após acumular polêmicas e críticas internas.

Esta é a segunda vez que Márcia Lopes assume um cargo na Esplanada dos Ministérios. Em 2010, no final do segundo mandato de Lula, foi nomeada para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, cargo que ocupou por nove meses.

Assim como Cida, Márcia Lopes é filiada ao PT. É formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde atuou no movimento estudantil no fim da década de 1970, e foi professora da área pela UEL durante três décadas.

O início na vida pública ocorreu em 1993, como Secretária Municipal de Assistência Social em Londrina (PR). Em 2000, foi eleita vereadora do município paranaense pelo PT.

Quatro anos depois, assumiu a Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no primeiro governo Lula. Na época, a pasta era gerida pelo mineiro Patrus Ananias. Dentro da pasta, também exerceu o cargo de secretária-executiva.

Em março de 2010, se tornou ministra do Desenvolvimento Social após Patrus deixar o cargo para concorrer às eleições daquele mesmo ano. Márcia permaneceu no cargo até o final daquele ano, com a conclusão do segundo mandato de Lula. 

Em 2012, foi uma das fundadoras do Instituto Lula e concorreu às eleições para a Prefeitura de Londrina naquele mesmo ano. A petista terminou a disputa em terceiro lugar, com 14,08% dos votos.

Márcia Lopes é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula durante seus dois primeiros mandatos. Era considerado um dos principais assessores e conselheiros do presidente. Já no governo Dilma Rousseff, foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Pelas redes sociais, Márcia agradeceu ao presidente Lula pela nomeação e disse que assume o novo cargo com “humildade, coragem e o compromisso de toda uma trajetória dedicada à justiça social, à defesa dos direitos humanos e à construção de políticas públicas que transformam vidas”.